Uma moção protocolada pelo vereador Mauro Pereira/PMDB, de repúdio contra institutos de pesquisa que erraram nos apontamentos feitos nas Eleições do Estado do Rio Grande do Sul, será votada hoje (09/10) à tarde na Câmara Municipal.

Abaixo as principais considerações da Moção:

1- O histórico de pesquisas eleitorais contraditórias no Estado mostra que existe por parte de alguns institutos ou erros grosseiros de avaliação ou manipulação dos dados. Se a manipulação é verdadeira, seu objetivo claro é influenciar a capacidade de julgamento dos eleitores.

2- Essa situação vem se repetindo nos últimos pleitos não apenas em relação ao Governo do Estado mas também nas disputas municipais.

3- Em 2014 um dos resultados que surpreendeu a todos foi pela disputa de primeiro turno ao Governo do Rio Grande do Sul, na qual o candidato José Ivo Sartori/PMDB levou mais de 40% dos votos. No segundo turno, o peemedebista irá disputar com Tarso Genro/PT, que ficou com pouco mais que 32%.

4- Na pesquisa do Datafolha para o Estado divulgada no sábado (4 de outubro), o petista apareceu como favorito para levar o primeiro lugar e em segundo lugar apareciam empatados com 25% o pemedebista e a candidata do PP, Ana Amélia Lemos. Esse foi um erro astronômico, que coloca em xeque a credibilidade do instituto.

5- No caso do Estado, a pesquisa "boca de urna" realizada pelo Ibope mostrou a liderança de Tarso Genro e um empate técnico entre José Ivo Sartori e Ana Amélia Lemos no segundo lugar. Conforme o estudo, o representante do PMDB aparecia com 29% dos votos válidos (que exclui brancos e nulos), enquanto a progressista tinha 26% dos votos. Em primeiro lugar, aparecia o atual com 35% da preferência dos eleitores. O resultado final foi muito diferente do apresentado.

6- A pesquisa de "boca de urna" do Ibope indicava que o candidato Olívio Dutra, do PT, liderava a eleição para representar o Rio Grande do Sul no Senado. Conforme o levantamento, ele conquistaria 37% dos votos válidos. De acordo com a pesquisa, o candidato Lasier Martins, do PDT, ficaria na segunda colocação, com 31% dos votos. Mas o resultado final foi bem diferente.

7- Esas pesquisas, grosseiramente erradas ou manipuladas, poderiam ter influenciado o resultado das eleições.

8- Isso prejudicou a democracia, causando a impressão na população de que as pesquisas foram encomendadas para beneficiar um determinado projeto ou candidatura, mesmo que seja leviano afirmar essa relação.

9- As pesquisas induzem os eleitores, fortemente influenciados por elas, e provocam estragos muitas vezes irreversíveis, jamais recuperados por partidos e candidatos.

10- Os institutos têm passado uma imagem de falta de credibilidade, causando sérios e inexoráveis prejuízos ao processo eleitoral. Assim, os institutos terão que rever o que deu tão errado desta vez e aprimorar a metedologia de trabalho para recuperar a própria credibilidade.

Se aprovada, a Moção será encaminhada para atoridades e órgãos de imprensa.