A maioria dos vereadores aprovou a moção de apoio ao fortalecimento da economia caxiense e nacional e à manutenção de empregos. O documento de autoria do vereador Mauro Pereira/PMDB foi acatado pelo plenário na sessão ordinária desta quinta-feira (07/08), após discussão que se estendeu por cerca de uma hora e 30 minutos.

O documento afirma que Caxias do Sul sempre teve um crescimento diferenciado diante das outras cidades do Rio Grande do Sul e dos demais Estados devido à força da indústria, principalmente metalmecânica. Destaca, porém, que o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) tem se mostrado preocupado com a situação atual, agravada pela constante ameaça de desindustrialização e desemprego, gerando instabilidade e preocupando a sociedade.

O documento reitera que o Simecs abrange mais de 3 mil empresas do segmento metalmecânico, automotivo e eletroeletrônico e responde por cerca de 60 mil postos direto de trabalho somente em Caxias do Sul. Conforme o parlamentar, atualmente há uma grande queda nas transações nas indústrias metalmecânicas, de produtos alimentícios e hortifrutigranjeiros, além de redução significativa no comércio, com reflexos diretos na economia e na agricultura de um modo geral.

O texto aponta ainda que a previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 0,90% para 0,86%, na pesquisa Focus do Banco Central, divulgada no dia 05 de agosto. O parlamentar frisou que neste ano houve queda de 11,9% na produção industrial no Rio Grande do Sul, comparado ano não anterior. Além disso, o documento salienta que, desde dezembro de 2013, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não tem aprovado liberações de financiamentos para pequenas, médias e grandes empresas de Caxias do Sul e região.

O vereador Rodrigo Beltrão/PT contestou a existência de uma crise e disse que o Brasil está com a economia consolidada. Relatou que existe pleno emprego em Caxias do Sul. Na opinião do petista, a crise é apenas uma tese alarmada pelos empresários do Grupo Randon que não querem dar aumento real de salário para seus funcionários. Renato Nunes/PRB disse se tratar de um exagero por parte do vereador peemedebista.

Henrique Silva/PCdoB se mostrou contrário à moção. Ele alegou que o texto do documento não condiz com o enunciado da proposta. Na mesma linha, o parlamentar disse que não se pode ficar gerando crises que não existem. O comunista disse que por se tratar de ano eleitoral, até o mês de outubro, uma crise ainda maior será desencadeada.

Guila Sebben/PP salientou que não se trata de dificuldade econômica. Na opinião do progressista, as crises são momentos em que a economia se comporta de forma diferente e gera demissões, além de um aumento da desindustrialização. O parlamentar alertou que mais de 1000 empresas fornecem matéria-prima para o Grupo Randon. Defendeu que são as pequenas empresas que não superam a crise, enquanto as grandes empresas sempre se mantêm firme.

Edson da Rosa/PMDB concorda que os números não são bons e todos os segmentos industriais acabam sendo afetados. O vereador Virgili Costa/PDT, por sua vez, se mostrou contra a proposição de Mauro Pereira, por ter, segundo ele, caráter eleitoreiro.

ARLINDO BANDEIRA PP Sim

CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Não

DANIEL ANTONIO GUERRA PRB Sim

DENISE DA SILVA PESSÔA PT Não

EDSON DA ROSA PMDB Sim

FELIPE GREMELMAIER PMDB Sim

FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Sim

FLÁVIO SOARES DIAS PTB Sim

GLADIS FRIZZO PSB Sim

GUILHERME GUILA SEBBEN PP Sim

GUSTAVO LUIS TOIGO PDT Presente

HENRIQUE SILVA PCdoB Não

JAISON BARBOSA PDT Sim

JOÃO CARLOS VIRGILI COSTA PDT Não

MAURO PEREIRA PMDB Sim

NERI ANDRADE PEREIRA JUNIOR SDD Sim

PEDRO JUSTINO INCERTI PDT Ausente

RAFAEL BUENO PCdoB Não

RAIMUNDO BAMPI PSB Sim

RENATO DE OLIVEIRA NUNES PRB Não

RODRIGO MOREIRA BELTRÃO PT Não

WASHINGTON STECANELA CERQUEIRA PDT Não Votou

ZORAIDO DA SILVA PTB Sim