A expectativa pela concretização de projetos de revitalização, prometidos pela Prefeitura Municipal, foi manifestada por moradores do Bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, durante audiência pública da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, realizada na manhã deste sábado (30/11), no centro comunitário da localidade. O presidente da comissão, vereador Rodrigo Beltrão/PT, conduziu os trabalhos. Ao término, o petista comunicou que encaminhará as reivindicações colhidas hoje aos demais órgãos competentes e que os vereadores fiscalizarão o andamento do processo. No total, 62 pessoas compareceram ao encontro.

O aguardo da comunidade se deve ao recente anúncio, pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, de que a Caixa Econômica Federal acaba de aprovar financiamento para a Prefeitura, por meio do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal. Pelo convênio, o Executivo local, entre outras ações, deverá alargar, com a respectiva pavimentação, a Rua Cristóforo Randon, nas imediações do bairro. Além disso, prevê revitalizar o Beltrão de Queiróz, como um todo.

Diante disso, o presidente da Associação de Moradores do Bairro (AMOB) Euzébio Beltrão de Queiróz, Paulo Roberto da Rosa Teixeira, mais conhecido por Cara Preta, reiterou carências históricas. Afirmou que, devido à demora para a instalação de uma creche, a vizinhança cogitou ceder a área da antiga quadra que pegou fogo, para viabilizar a escola infantil.

Em resposta, a secretária municipal da Educação, Marléa Ramos Alves, garantiu que, nos próximos dias, técnicos da pasta avaliarão o terreno indicado por Teixeira. Segundo ela, se não houver viabilidade, a própria secretaria se encarregará de verificar outros espaços, nas proximidades.

O presidente da AMOB também alertou que, no momento, 40% da extensão do bairro ainda carece de regularização fundiária. "É preocupante a situação, porque, em trechos da parte que já está regularizada, embora alguns moradores contem com a escritura, serviços básicos continuam faltando", comentou. Teixeira relatou lixo jogado ao ar livre, esgoto a céu aberto e discrepâncias quanto a valores cobrados no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) de casas de mesmo porte.

O líder comunitário atentou, ainda, que a atual sede da AMOB segue precária e sem condições para abrigar, adequadamente, o público. Conforme ele, é necessário construir novo centro comunitário e uma quadra poliesportiva, para substituir a que terminou incendiada.

A presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Marlês Andreazza, procurou estimular os moradores a se cadastrarem nos programas sociais, desenvolvidos por meio de parcerias entre o município e a União.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Edson da Rosa, e os vereadores Flávio Dias/PTB e Kiko Girardi/PT se solidarizaram com a comunidade e prometeram esforços, na busca por soluções aos problemas apresentados.

Além do presidente Beltrão e de Kiko, integram a Comissão de Legislação Participativa e Comunitária os vereadores Arlindo Bandeira/PP e Renato Nunes/PRB.