Na sessão ordinária desta quarta-feira (25/09), o vereador Arlindo Bandeira/PP repercutiu os problemas enfrentados por moradores do Interior do município. Conforme o parlamentar, a situação é precária e a população está amedrontada com o número de pessoas que morrem todos os dias por falta de segurança.

Bandeira salientou que os policiais têm feito muito mais do que poderiam. "Esses trabalhadores operam verdadeiros milagres com a estrutura que possuem para trabalhar. Não podemos exigir mais do que eles já trabalham, nem cobrar melhores resultados, se olharmos a forma como são tratados pelo governo", frisou o parlamentar.

O progressista ponderou que, de acordo com a Constituição Federal, a segurança é dever do Estado e pediu providências da administração estadual para que essa situação de dificuldade seja solucionada de imediato. Destacou que as cadeias não dão conta de abrigar tantos detentos. Devido a isso, a maior parte dos criminosos está na rua. Segundo o vereador, os bandidos que não conseguem assaltar no centro da cidade passam a visitar as comunidades do Interior porque sabem que lá a polícia tem dificuldade de atender.

Bandeira ressaltou que possuir armas de fogo e saber usá-las são praticamente pré-requisitos para quem escolheu morar fora do perímetro urbano. Porém, conforme o parlamentar, os moradores têm reclamado da burocracia para se armarem. Informou que a documentação e os testes são muito exigentes e ainda existem taxas e impostos que inviabilizam a compra para as pessoas mais carentes. Na ótica do vereador, com toda essa burocracia, muitos moradores acham que a venda de armas de fogo é proibida.

Conforme Bandeira, a intenção de sua fala é alertar a população que o comércio de armas não está proibido. Segundo ele, qualquer pessoa que se disponha a preencher todos os requisitos da lei pode se dirigir a uma loja, realizar a compra e esperar pela liberação do registro.

O parlamentar Zoraido Silva/PTB afirmou que o Estatuto do Armamento veio para prejudicar o morador do Interior. Já o vereador Flavio Cassina/PTB salientou que a liberação do registro de armamento pode levar até sete meses, o que faz muitas pessoas possuírem armas de fogo sem ter o devido registro, correndo risco de serem punidas.