Em reunião ordinária realizada na tarde desta terça-feira (02/04), o secretário municipal da Cultura, João Wianey Tonus, apresentou à Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desporto e Turismo da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, novos projetos previstos pela pasta. Prestigiaram o encontro os parlamentares Jó Arse/PDT (presidente da Comissão de Educação), Guila Sebben/PP, Jaison Barbosa/PDT, Raimundo Bampi/PSB, Daniel Guerra/PSDB e Rafael Bueno/PCdoB.

Um dos temas mais abordados durante a reunião foi a necessidade da preservação do patrimônio histórico caxiense.  O secretário salientou que prédios antigos que fazem parte da história da cidade nem sempre estão sendo valorizados devido a questões financeiras. Um dos itens que têm influenciado nesse sentido é a forte expansão imobiliária.

Tonus ressaltou a importância de se zelar pelo patrimônio histórico. Como exemplo, mencionou a restauração do prédio onde hoje se encontra a FSG (Faculdade da Serra Gaúcha) e antigamente funcionava a Cooperativa Rio-Grandense. O local foi reformado, mantendo boa parte da estrutura, e é utilizado, hoje, para formação de jovens. Tonus ressaltou, ainda, a intenção da secretaria de proporcionar intercâmbios culturais para jovens artistas, estimulando a troca de experiências entre caxienses e moradores de outras localidades.

Presente ao encontro, a diretora-geral da Secretaria da Cultura, Rúbia Frizzo, falou da relevância de desenvolver atividades bem estruturadas. Comentou sobre a revitalização do Largo da Estação para recuperação de espaço e da ideia de implantar em Caxias uma Biblioteca Parque. Esse segundo projeto visa atender 30 mil alunos/ano com a proposta de conceder um espaço em que as pessoas possam se dedicar ao estudo, criar rodas de leituras, incluindo acessibilidade para deficientes visuais e cadeirantes.

Os vereadores, juntamente com o secretário, também debateram sobre o vale-cultura, projeto recentemente aprovado pelo Ministério da Cultura. A iniciativa foi bem recebida pelos parlamentares, exceto a hipótese de o vale (no valor de R$ 50) ser usado para assinatura de TV a Cabo. "Assim, o povo brasileiro ficaria escravo do sofá (ao permanecer muito tempo assistindo à programação televisiva), ficando apenas dentro da própria casa e perdendo oportunidades de presenciar espetáculos públicos voltados à arte, à música", exemplificou Jó Arse/PDT.

O vereador Rafael Bueno/PCdoB sugeriu que as secretarias de Turismo e de Cultura trabalhem interligadas em suas ações. O parlamentar abordou, ainda, sobre a falta de lugares públicos com acesso à internet.

Também acompanhando a reunião, o maestro da Orquestra de Sopros de Caxias do Sul, Gilberto Salvagni, discorreu sobre um projeto para formação de novos músicos. Seria uma Escola de Música com a intenção de formar jovens interessados em aprender instrumentos de sopro e percussão. Entretanto, a falta de espaço físico tem dificultado a viabilização dessa iniciativa, explicou. Na opinião do vereador Guila Sebben/PP, através da música, é possível recuperar jovens que vivem em condições sociais precárias e colaborar com eles para uma melhor formação pessoal e profissional.