No final da tarde de sexta-feira, 30 de junho, o vereador Alberto Meneguzzi (PSB) foi chamado às pressas pelos cuidadores de Rosalina Slongo, que estava em observação no Postão 24h desde a última terça-feira, 27 de junho. No final da manhã de sexta, ela foi encaminhada para o Hospital Virvi Ramos, onde faleceu minutos depois de sua chegada. De acordo com os responsáveis pela paciente, que residia numa casa de repouso, a Secretaria Municipal da Saúde se negava a assinar o óbito, pois argumentava que a morte se deu já nas dependências do hospital e a instituição também informou que não iria fazer a liberação, uma vez que dona Rosalina já estaria morta quando chegou ao leito.

“Esse é um dos reflexos da falta de leitos na saúde pública de Caxias. Além disso, acredito que houve negligência no atendimento, uma vez que haviam prometido que ela iria para o hospital ainda na quarta-feira e acabou indo somente na sexta. Aí foi um jogo de empurra com a morte dela, porque se arrastou até às 19h30, sem que ninguém se responsabilizasse pela liberação do corpo e só foi resolvido depois da minha intervenção. No final das contas, o Hospital Virvi Ramos assinou o atestado de óbito”, explica Meneguzzi.

O vereador, que é um dos integrantes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, vai pedir ao Ministério Público que investigue a situação dos atendimentos e a disposição de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), em Caxias. “Vou solicitar os prontuários, tanto do Postão quanto do Hospital Virvi, para levarmos o caso adiante. Não pode haver negligência em atender a população e, muito menos, em liberar o corpo de uma idosa que morreu pela deficiência no atendimento”, ressalta o vereador.

Nesta segunda-feira, Meneguzzi também irá visitar a casa de repouso onde Rosalina residia, no bairro Bela Vista. A idosa foi sepultada, na manhã deste sábado, no cemitério do bairro de Lourdes.

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