A necessidade de repasse de recursos financeiros, por parte dos governos estadual e federal, foi sinalizada aos vereadores, pela secretária municipal da Saúde, Dilma Tessari, no início da tarde desta quinta-feira (22/10). Na sala das comissões do Legislativo caxiense, a pasta forneceu à Comissão de Saúde e Meio Ambiente o balanço fiscal referente ao 2º quadrimestre de 2015. O presidente da comissão, vereador Henrique Silva/PCdoB, conduziu os trabalhos de hoje.

Dilma informou que, de maio a agosto deste ano, houve a aplicação de 24,85% da arrecadação de impostos do município no setor, visto que a obrigação constitucional da Prefeitura é de 15% do montante. Ela expôs que, no período, de toda a verba recebida pela pasta (R$ 108,860 milhões), 56,8% do valor foi investido pelo município.

Conforme Dilma, Caxias do Sul já deixou de receber mais R$ 6 milhões em repasses do governo estadual. “O município tem impedido que problemas graves, como o fechamento de leitos e hospitais, aconteçam na cidade. Porém, é preciso apresentar as demandas e cobrar dos demais entes federativos, para que eles percebam nossa necessidade”, atentou.

O diretor financeiro da secretaria, Rudinei Forner, detalhou o exercício do 2º quadrimestre de 2015. Afirmou que, nos quatro meses, o município aplicou R$ 64,368 milhões. Comparou que, na mesma faixa de tempo, em 2014, o valor havia sido de R$ 51,890 (24% sobre a arrecadação de então). No 1º quadrimestre de 2015, apontou que o Estado empregou R$ 4,265 milhões e a União, R$ 44,901 milhões.

Em seguida, o vereador Daniel Guerra/PRB questionou a pasta sobre a demora, nas filas de espera, para exames e outros atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a secretária, os pacientes que se encontram em estado grave são atendidos preferencialmente. Guerra também criticou o governo do prefeito Alceu Barbosa Velho, sendo contrariado, neste ponto, por outros vereadores, membros da comissão, e pela própria secretária.

Conforme o vereador Guila Sebben/PP, Caxias do Sul possui cerca de 470 milhões de habitantes e mais de 700 mil cartões do SUS cadastrados. “Atendemos até quem não é morador da cidade. Apesar do balanço apresentado não estar como gostaríamos, o setor de saúde do município está muito bem para o momento de crise que vivenciamos”, frisou o progressista. Os vereadores Adelino Teles/PMDB e Flávio Dias/PTB também elogiaram a condução da secretaria.

Além do vereador-presidente Henrique Silva/PC do B, integram a Comissão de Saúde e Meio Ambiente os vereadores Adelino Teles/PMDB, Daniel Guerra/PRB, Flávio Dias/PTB e Guila Sebben/PP.