A receita do município caxiense no 1º quadrimestre de 2015 fechou em R$ 522 milhões e a despesa contabilizou R$ 436 milhões. Os números do primeiro quadrimestre do ano foram detalhados pelo secretário municipal de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina, nesta quarta-feira (27/05), em audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário (CDEFCO) do Parlamento caxiense.

A reunião, que ocorreu na Sala das Comissões Vereadora Geni Peteffi, foi coordenada pelo presidente da CDEFCO, vereador Guila Sebben/PP. O parlamentar ressaltou que a explanação dos dados financeiros segue exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e é um expediente que garante transparência à comunidade. Além do secretário, acompanharam o encontro a equipe da pasta e os vereadores Pedro Incerti/PDT e Jaison Barbosa/PDT.

Ao apresentar a gestão fiscal dos primeiros quatro meses de 2015, de acordo com a metodologia da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Santa Catharina ressaltou que a receita da prefeitura tem crescido em patamares menores que em anos anteriores.  Tal realidade reflete a difícil situação econômica do Estado e do país, cujo consumo da população reduziu nos últimos meses, observa o secretário. No que se refere às receitas primárias (que são os recursos arrecadados no exercício), o município totalizou nos últimos quatro meses R$ R$ 522.119.445,54. Em termos de despesas primárias (que é o recurso usado no exercício), o montante foi de R$ 436.869.912,70. Dessa equação, o resultado primário fechou o quadrimestre com R$ 85.249.532,84.

Santa Catharina reafirma que o cenário exige cautela e a capacidade de investimento do município é muito pequena. Por isso, a prefeitura deverá seguir com ajustes e contenção de gastos com diárias e materiais de consumo, por exemplo. Sobre a receita corrente líquida (RCL), o titular da pasta de Gestão e Finanças informa que está em R$ 1.337.606.927,03. Em relação a dezembro de 2014, quando a RCL registrou R$ 1.316.711.157,78, houve um crescimento nominal de apenas 1,59%.

"Neste ano, não deveremos ter crescimento real. No máximo, acompanharemos a inflação. Encontraremos dificuldades para fechar o exercício, mas procuraremos atender às demandas da comunidade, principalmente nas metas da educação e da saúde. Estamos trabalhando para que os recursos sejam cada vez melhor utilizados no atendimento à população", assegurou Santa Catharina. O secretário explicou que a cidade vem sofrendo com o impacto da redução da produção, principalmente na indústria, que é uma das principais geradoras de trabalho, renda e tributos.  

Em termos de pessoal, o titular informou que o município gastou de maio de 2014 a abril deste ano R$ 567.885.660,88. "A despesa com pessoal aumenta e a receita não segue na mesma proporção", verifica. De acordo com o secretário, esse valor está administrado e a nomeação de novos servidores tem ocorrido só para casos de substituição por causa de aposentadorias e exonerações. Já a dívida consolidada do município totalizou em abril R$ 358.772.039,05. Nesse valor, constam, entre outras, as despesas das obras de mobilidade urbana que estão sendo feitas na área central, mencionou o secretário.  

Ao final do encontro, os vereadores Guila, Incerti e Jaison destacaram o trabalho da equipe da Secretaria de Gestão e Finanças e demonstraram preocupação com o cenário econômico do país, o qual reflete nos municípios. Além dos três parlamentares, integram a CDEFCO os vereadores Henrique Silva/PCdoB e Raimundo Bampi/PSB.