Câmara de Vereadores de Caxias do Sul

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Vereadores apoiam a mobilização das entidades públicas, filantrópicas e santas casas contra corte de verbas do RS

Uma moção apresentada pelo parlamentar Henrique Silva/PCdoB foi aprovada pela maioria do plenário

A maioria dos vereadores caxienses declarou apoio à mobilização das entidades públicas, filantrópicas e santas casas contra o corte de recursos do Estado do Rio Grande do Sul. Uma moção de apoio apresentada pelo parlamentar Henrique Silva/PCdoB foi aprovada pela maioria dos vereadores (13X6), na sessão ordinária desta quinta-feira (07/05). O texto cita a mobilização de ontem (06/05) e a que está prevista para a próxima quarta-feira (13/05).

Segundo o autor, ontem (06/05), entidades deixaram de prestar seus atendimentos eletivos. "A intenção do movimento é sanar o problema dos repasses que não foram realizados em períodos de 2014 e 2015", informa.

Henrique ressalta que o corte dos repasses está ocasionando prejuízos aos usuários do serviço público de saúde. Por se tratar de serviços essenciais, o vereador diz que a população não pode ficar refém de ajustes financeiros do Estado. "O não repasse das verbas pode gerar uma realidade em que as entidades públicas e filantrópicas deixarão de prestar atendimento de consultas eletivas, exames, internações, entre outros", alerta Henrique.

Durante a apreciação na plenária desta quinta-feira, o texto rendeu um longo debate. Os parlamentares da bancada do PMDB se colocaram contrários. Conforme Adelino Teles/PMDB, o governador José Ivo Sartori/PMDB repassou à saúde as verbas deste ano e estaria fazendo o possível para resolver pendências deixadas pela gestão anterior, de Tarso Genro/PT. Edson da Rosa/PMDB disse que, na moção, deveria constar também a União, que estaria com pendências nos repasses.

Edi Carlos/PSB reivindica a vinda dos recursos, mas não concorda com o movimento dos hospitais porque compromete o atendimento à população. Já Virgili Costa/PDT se definiu contrário porque observa que a moção está mal formulada. Ele criticou o Hospital Geral, que é 100% SUS (Sistema Único de Saúde), por ter aderido à mobilização.

Favorável à moção, o vereador Rodrigo Beltrão/PT afirmou que a atual administração Sartori "produziu um verdadeiro caos na saúde". Para o petista, deveria haver uma intervenção federal no Estado diante da atual situação. Denise Pessôa/PT seguiu na mesma linha.

O vereador Pedro Incerti/PDT se mostrou preocupado por haver falta de dinheiro para atender às mais diversas áreas. Gustavo Toigo/PDT trouxe ao debate a disparidade da divisão do bolo tributário, a qual deixa os municípios numa condição difícil, porque têm de manter muitos serviços e são as unidades que menos recebem retorno de impostos.

Zoraido Silva/PTB e Neri, O Carteiro/SD entendem que a moção poderá ajudar a pressionar o Estado e a União no cumprimento de suas responsabilidades em torno da saúde. Kiko Girardi/PT também externou apoio ao texto assinado por Henrique Silva, que defende a saúde como prioridade.

O autor da moção está pensando no futuro e lamenta que cabe ao município arcar com boa parte das despesas. Segundo Henrique, para manter a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia com Radioterapia (Unacon) do HG, a prefeitura caxiense destina 260 mil/mês.

Com a aprovação do texto pela maioria dos vereadores, cópias serão enviadas aos seguintes órgãos e/ou autoridades: governo do Estado do Rio Grande do Sul, deputados estaduais, Secretaria de Saúde do Estado, prefeitura municipal de Caxias do Sul, Secretaria Municipal de Saúde e Federação das Santas Casas do Estado do Rio Grande do Sul.

DELIBERAÇÃO DA MOÇÃO 23/2015

Vereador - Partido - Voto

ADELINO TELES PMDB Não

ARLINDO BANDEIRA PP Sim

CLAIR DE LIMA GIRARDI PT Sim

DAIANE MELLO PMDB Não

DANIEL ANTONIO GUERRA PRB Sim

DENISE DA SILVA PESSÔA PT Sim

EDI CARLOS PEREIRA DE SOUZA PSB Não

EDSON DA ROSA PMDB Não

FLÁVIO GUIDO CASSINA PTB Presente

FLÁVIO SOARES DIAS PTB Sim