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Henrique Silva contesta crise do setor metalúrgico com base em dados do Simecs

Parlamentar reiterou que a categoria voltará a debater o dissídio nesta sexta-feira


A atual situação das empresas caxienses voltou a ser analisada pelo vereador Henrique Silva/PCdoB. Na sessão ordinária desta quinta-feira (31/07), o parlamentar trouxe dados que destacam a estabilidade da taxa de desemprego do país e questionou que tipo de crise os empresários do setor alegam estar ocorrendo em Caxias do Sul. De acordo com Henrique, em Porto Alegre e nas demais regiões do Estado o índice de desemprego diminuiu. Segundo o comunista, a taxa de desemprego do Brasil está em 10,8%, não tendo sofrido bruscas alterações em relação aos anos anteriores.

Henrique defendeu que essa possível crise está sendo levada de acordo com os interesses políticos e financeiros dos empresários. Na opinião dele, esse tipo de crise é alardeada com o intuito de desestabilizar os trabalhadores, que acabam ficando amedrontados com medo de perderem seus empregos durante a discussão do dissídio da categoria.

O comunista salientou que, no município, no período entre abril de 2012 e março de 2013, houve grande rotatividade de funcionários. Conforme o parlamentar, os setores metalúrgico, mecânico, de material elétrico e de transporte contaram com 20.9326 admissões, sendo que 21.626 funcionários foram desligados. Henrique divulgou ainda que, de acordo com dados do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), em 2013, foram feitas 8.925 rescisões. Já em 2014, conforme o parlamentar, o Simecs contabiliza 5.853 rescisões contratuais até o momento.

Henrique usou como exemplo as empresas do Grupo Randon. O vereador alertou que o pátio das empresas está cheio porque houve muita produção. No entanto, agora que está sendo discutido o aumento salarial dos trabalhadores, os empresários alegam que não possuem condições de dar aumento real para os funcionários. Disse que esse acordo proposto pela empresa, que reduz a carga horária dos trabalhadores (consequentemente reduz o salário e os benefícios), é apenas uma tortura psicológica. "Essa mesma verba que agora está sendo tirada dos trabalhadores é a mesma que será usada para o pagamento de horas extras a partir do mês de outubro quando os empresários alegam a normalização da jornada de trabalho", disse Henrique.

O parlamentar reiterou que nesta sexta-feira (01/08), a categoria vai debater novamente o assunto com o intuito de dar prosseguimento à discussão do dissídio. Acrescentou ainda que os empresários deveriam dar aos funcionários a garantia do emprego pelo menos até a próxima negociação salarial em 2015.

O vereador Mauro Pereira/PMDB disse que esse assunto não pode ser levado como uma causa política. O peemedebista comentou que a arrecadação do município caiu consideravelmente no primeiro semestre de 2014. Destacou que a venda de automóveis (inclusive caminhões e carretas) teve uma queda de 34% em relação ao ano passado. Na mesma linha, Mauro informou que, nos últimos meses, o índice de solicitações de Seguro Desemprego aumentou em 300%. Complementou ainda que quase 70% da população caxiense está negativa junto ao Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) e no Serasa Experian.

Guila Sebben/PP alertou que, para o ano de 2014, estava previsto um crescimento de 9%, mas tudo indica que esse índice não será atingido.


31/07/2014 - 18:26
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Luiz Carlos Erbes - MTB 7.404
Redator(a): Diélen Fontana

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