O parlamentar Henrique Silva/PCdoB voltou a defender aumento salarial aos trabalhadores metalúrgicos da cidade. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (09/07), o parlamentar trouxe dados que destacam o crescimento de algumas grandes empresas instaladas no município. Ao divulgar os números, questionou que tipo de crise os empresários alegam estar ocorrendo.

Neste período, os trabalhadores metalúrgicos estão em negociação salarial e, de acordo com Henrique Silva, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), que é a entidade patronal, estaria com uma campanha para desestabilizar a pauta dos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos reivindica aumento de 13,5%. Diante do pedido, o Simecs apresentou contraproposta de aumento de 6,08%, índice que repõe a inflação pelo INPC nos últimos 12 meses, sem ganho real.

Entre os dados apresentados pelo vereador Henrique, a Randon teria alcançado crescimento na receita líquida de 14%, em abril passado. Segundo ele, isso corresponderia a uma alta de 2,7%, em relação a abril de 2013. "A Fras-le acumulou R$ 323,7 milhões, uma alta de 12,9%. Mas, se você for perguntar, vão dizer que estão em crise. Só se colocam em crise porque há uma negociação em curso relacionada ao aumento dos trabalhadores", criticou.

Henrique disse que as empresas crescem em milhões e acusam estar em crise para não conceder aumento de salário a seus empregados. "O conceito dos empresários é que os trabalhadores não têm vida. Enquanto estiverem com lucros, tudo muito bom. Só o trabalhador não pode (ter aumento). A crise está sendo construída no sentido de que os trabalhadores não podem ter aumento real, como se a inflação pudesse dar conta de todas as questões". Na opinião do parlamentar, ao não conceder aumento real, os empresários não estariam valorizando a classe que produz riquezas no país.

O vereador também informou que o governo federal abriu condições para ampliar a fabricação de ônibus no país, o que auxiliará as empresas a produzirem mais.

Apos solidarizar-se com os funcionários demitidos do Grupo Voges, que estavam na Câmara, Henrique destacou que, se os empresários passassem a enxergar os trabalhadores diferentes, não os demitiriam sem pagar direitos, não os deixariam trabalhar nas máquinas, sem proteção.