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Vereadores prestigiam assinatura do projeto de transferência da Maesa para o município

O ato do Estado poderá garantir uma área de mais de cinco hectares, sem ônus para a cidade


O instante em que os relógios marcaram 16h35min, nesta quinta-feira (03/07), no térreo do complexo da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa), já está marcado na história de Caxias do Sul e será lembrado como o momento em que o governador do Estado, Tarso Genro, assinou o projeto de lei, para transferir à cidade essa área de mais de cinco hectares, sem ônus para a Prefeitura Municipal. Mesmo que, para vigorar, a matéria ainda dependa da aprovação dos deputados da Assembleia Legislativa, o ato de hoje provocou os aplausos das cerca de 500 pessoas presentes. O prefeito Alceu Barbosa Velho se comprometeu com o tombamento do espaço, assim que ele passasse para a gestão do município.

Depois da cerimônia, o presidente do Legislativo caxiense, vereador Gustavo Toigo, e o presidente da Comissão Temporária Especial Pró-Tombamento da Maesa/Fábrica 2, vereador Jaison Barbosa, entregaram ao governador um relatório dos trabalhos da comissão. Toigo destacou que o repasse do documento simboliza o protagonismo da Câmara, na luta pela manutenção de um patrimônio histórico. "A Maesa tem valor inestimável para os caxienses. Preservar essa edificação corresponde a reconhecer homens e mulheres que, ali, trabalharam e ajudaram no desenvolvimento da cidade", enalteceu o presidente da Câmara.

Jaison lembrou diversas reuniões e audiências públicas, promovidas pela comissão, no sentido de pleitear a doação de toda a área da Maesa, sem custos para o município. Também citou o abaixo-assinado da comissão, que somou 2.330 assinaturas. Informou que o grupo continuará acompanhando como se dará o destino do prédio à comunidade e que, nos próximos dias, conversará com os deputados, para pedir a aprovação do projeto de lei, com a maior brevidade possível.

Para o governador, a transferência da Maesa significa um fortalecimento da identidade do município e das suas lideranças políticas. Tarso enfatizou que a sua decisão foi influenciada pela mobilização da comunidade.

Na mesma linha, o secretário estadual da Administração e Recursos Humanos, Alessandro Barcellos, explicou que o projeto de lei trata da preservação, recuperação e destinação pública daquele imóvel. Disse que a medida fixa o prazo máximo de cinco anos, para o município implementar o disposto na futura legislação. Apontou, ainda, a cláusula da inalienabilidade e reversão, em caso de descumprimento das condições acordadas. "Na audiência pública do último dia 19 de maio, no plenário do Legislativo caxiense, ficou claro que ter o prédio da Maesa de volta representa um valor histórico e cultural para Caxias", observou.

Além de garantir o futuro tombamento dos 52.951,57 metros quadrados do complexo da Maesa, o prefeito municipal afirmou que fará uma consulta à população, para discutir qual será a melhor destinação de uso de toda a área. Alceu estimou que o espaço a ser transferido valesse em torno de R$ 100 milhões, mas com simbolismo imensurável.

Em dezembro de 2010, a empresa Mundial, que, anteriormente, ocupava aquele prédio, o repassou ao Estado, no valor de R$ 30 milhões, em decorrência de dívida tributária da organização empresarial. Hoje, a edificação está alugada para o Grupo Voges. Em duas oportunidades, já foi solicitado o tombamento da Maesa/Fábrica 2. Em 2011, a iniciativa coube à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Caxias do Sul, que encaminhou o pedido à administração estadual. Em maio de 2012, a União das Associações de Bairros (UAB) fez o mesmo, mas, desta vez, junto à Prefeitura.

03/07/2014 - 19:59
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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