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Sistema Marrecas volta ao debate no Legislativo caxiense

O fato de a represa não estar ainda em funcionamento provocou diferentes manifestações por parte dos parlamentares


A não conclusão das obras do Sistema Marrecas, em Vila Seca, voltou à discussão no plenário do Legislativo caxiense, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (25/06). O vereador Daniel Guerra/PRB trouxe o assunto ao debate, cobrando informações precisas do poder público sobre quando o abastecimento de água por meio da nova barragem vai iniciar. Na sessão plenária, o parlamentar reproduziu matéria televisiva do período em que a obra foi inaugurada, em dezembro de 2012, com declarações da presidenta Dilma Rousseff e do então prefeito José Ivo Sartori, e outra reportagem tratando dos vazamentos na estrutura da represa.

   Guerra lançou críticas à administração municipal, dizendo que foi inaugurada uma obra sem que estivesse acabada. "É um exemplo do que não se deve fazer com o dinheiro do povo. Orçada em R$ 160 milhões, a obra do Marrecas saltou para R$ 258 milhões e muitas famílias seguem reclamando de falta de água", mencionou o republicano.

O vereador também se queixou das respostas que recebeu ontem (24/06) do diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Edio Elói Frizzo, diante de um pedido de informações aprovado pela Casa.  Conforme Guerra, Frizzo teria dito que as infiltrações são insignificantes. O republicano também lembrou de uma reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH), em fevereiro de 2013.

   Na oportunidade, Frizzo participou e disse que, em 60 dias, a água do Marrecas começaria a ser bombeada e que não haveria problema de enviar ao Legislativo caxiense cópias dos laudos técnicos. "Só que não havia como enviar os laudos porque não existiam laudos. O que nos enviou é datado de 5 de junho de 2014. Que bom que esse assunto vai ser encaminhado ao Ministério Público", informou Guerra.

Em defesa do governo municipal, o vereador Mauro Pereira/PMDB lembrou que Frizzo ficou mais de duas horas e respondeu 15 perguntas, durante a reunião da CDUTH, em fevereiro de 2013. Segundo o peemedebista, a administração ainda não assinou o recebimento das obras relacionadas ao novo sistema de abastecimento e, há 20 dias, estiveram na cidade os engenheiros das empresas que trabalharam no Marrecas para explanar sobre os problemas e como serão resolvidos. "Realmente, foi bombeada a água para a estação e apareceram problemas, que estão sendo solucionados. A água não chegou ainda (às residências dos caxienses), mais o dia em que chegar vai ser de qualidade", assegurou Mauro. Quanto aos valores gastos com a obra, o parlamentar disse que são baixos se comparados com os custos das arenas da Copa do Mundo.

O parlamentar Rodrigo Beltrão/PT também criticou o fato de o Sistema Marrecas não estar em atividade e ter sido promessa de campanha. "O Marrecas, hoje, não vale um real, não funciona. Foi realmente inaugurado um lago e um lago com muitos problemas", observa, relatando que sua bancada tinha denunciado os problemas referentes à obra ao Ministério Público Federal. Na opinião do petista, a obra não pode se transformar num elefante branco.

Para o vereador Jaison Barbosa/PDT, nunca na história do país, uma construção foi tão fiscalizada quanto a do Sistema Marrecas, cuja inauguração da barragem contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff. O pedetista também frisou que a obra ainda não foi recebida pelo município e que a construtora também é responsável.

Líder do governo na Câmara, Pedro Incerti/PDT observa que o tema Marrecas ganha força agora, por ser período pré-eleitoral. "Precisamos dizer que o Marrecas é uma grande obra para Caxias. Os gestores tiveram visão, exatamente para garantir água para a comunidade", afirmou o pedetista. Segundo Incerti, testes foram realizados e, no momento oportuno, se iniciará a distribuição de água.

Na visão de Henrique Silva/PCdoB, o Marrecas para Caxias é o que representa a Usina de Itaipu (no Paraná) para o Brasil. "É preciso olhar para o presente e para o futuro. Se não olharmos para o futuro, corre-se o risco de faltar água", pontuou. No entender do comunista, cabe ao município responsabilizar aqueles que deixaram, por exemplo, ocorrerem os vazamentos. O vereador Edi Carlos Pereira de Souza/PSB comentou que não há falta de água em Caxias do Sul. Se acontecer isso, orienta a população a ligar para o fone 115, que, garante ele, o Samae solucionará.

   Também da bancada socialista, Raimundo Bampi/PSB comentou que Caxias não está sofrendo com estiagens e, por isso, não é necessário ter pressa. De acordo com o vereador, é melhor aguardar todos os testes para que os caxienses possam ter água com segurança.

25/06/2014 - 21:16
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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