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Vereadores debatem sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil

Parlamentares discordaram sobre os benefícios que o evento poderia trazer ao país


A 28 dias da abertura da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, os vereadores caxienses debateram sobre os benefícios que o evento poderia, ou não, trazer ao país. Rodrigo Beltrão/PT defendeu que a realização do mundial deverá injetar até R$ 142 bilhões na economia, com o incremento de R$ 18 bilhões em impostos. A partir dessa manifestação, diversos parlamentares posicionaram-se sobre a realização do evento.

Beltrão trouxe dados da Fecomércio e da Fundação Getúlio Vargas. Conforme ele, a Copa é o maior evento do mundo. "O impacto na hotelaria, em Porto Alegre, será de R$ 300 milhões. De impostos, o Estado receberá R$ 35 milhões a mais", destacou. Ele também comentou que serão realizadas diversas obras, especialmente, na área de mobilidade urbana, que ficarão como legados ao país.

Segundo o parlamentar, o dinheiro para a construção de estádios foi captado através de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e deverão ser devolvidos pela iniciativa privada, com juros. "Não consigo conceber que a Copa seja ruim para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. No nosso Estado, o evento está gerando 12,5 mil empregos", ressaltou.

O petista lamentou que Caxias do Sul não tivesse sido escolhida como centro de treinamentos de alguma das 32 seleções que disputarão o mundial. "Caxias está muito atrás na questão do turismo", opinou. Para ele, sem a Festa da Uva, restam poucas opções de atrações turísticas, na cidade.

O vereador Felipe Gremelmaier/PMDB concordou com a realização da Copa, no Brasil. Para o peemedebista, o evento consiste em oportunidade de divulgação gratuita do país. Apesar disso, apontou que foi feita mobilização para que a cidade abrigasse seleções. "Caxias foi aprovada pelo caderno de intenções da FIFA, mas a escolha final coube a cada seleção", esclareceu.

O contraponto partiu do vereador Daniel Guerra/PRB. Argumentou que, se os recursos advêm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), são públicos. "Em vez de investirem em ações sociais, empregaram o dinheiro em estádios", opinou. Ele criticou o fato de diversos aeroportos não terem ficado prontos a tempo das disputas, que se iniciam no próximo dia 12 de junho, com duração de um mês. Acredita que faltou definir quais são as prioridades do governo, especialmente, no que se refere à educação, à saúde e à mobilidade urbana.

Em resposta, Beltrão defendeu ser o BNDES um banco público que empresta dinheiro a empresas caxienses e a ações estratégicas do país, como a Copa. Mencionou que, em Caxias, o governo federal contribuiu com a unidade de pronto-atendimento (UPA) da Zona Norte, por meio de 11 médicos do programa Mais Médicos e de R$ 37 milhões, para corredores de ônibus. "A Copa vai fazer com que o governo tenha ainda mais recursos para investirem", alegou.

De acordo com o vereador Henrique Silva/PC do B, apesar de algumas obras estarem atrasadas, elas não se encontram paradas. Gremelmaier também entende que a situação dos aeroportos é a mais preocupante, mas salientou que os trabalhos continuarão mesmo depois do mundial. "Na África do Sul, diversas obras ficaram prontas depois da Copa. Hoje, com os aeroportos finalizados, o aumento, no turismo do país africano, é de 10% ao ano", declarou.

Mauro Pereira/PMDB observou que o momento é de torcida para que o evento seja bem-sucedido. "Os recursos foram emprestados para os times, que terão de pagar", salientou. Jaison Barbosa/PDT também apoiou a Copa, enfatizando que Caxias do Sul estava pronta para receber uma seleção.

15/05/2014 - 21:00
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Luciane Modena

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