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Bandeira critica perdas salariais dos aposentados ao longo dos últimos 14 anos

Conforme o vereador, o número de idosos deverá quadriplicar até 2050


O vereador Arlindo Bandeira/PP lamentou as perdas salariais dos aposentados, ao longo dos últimos 14 anos, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (12/03). De acordo com ele, nesse período, o aposentado que recebe um salário mínimo obteve reajuste de 432,07%. Em comparação, referiu que aquele com dois mínimos alcançou, apenas, a porcentagem de 172,22%, em igual intervalo de tempo. Portanto, cobrou correções idênticas para todos os aposentados, a recuperação das perdas desde 1998, o fim do fator previdenciário e o cumprimento do Estatuto do Idoso.

Bandeira relatou ter conversado com Valdir Medeiros, secretário da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Caxias do Sul (AAPOPECS), que lhe ofereceu material para que o assunto viesse a plenário. Ele mencionou uma publicação da entidade, veiculada em jornais do último dia 20 de fevereiro, data marcada pela presença da presidente Dilma Rousseff, em Caxias do Sul. O anúncio explica que o aposentado que recebia um salário mínimo em 2000, no valor de R$136,00, hoje obtém R$ 724,00. Por outro lado, quem somava dois mínimos em 2000, ou seja, R$ 272,00, atualmente, alcança R$ 740,00.

Para o progressista, tais dados são preocupantes. Também afirmou que, conforme o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a previdência urbana, no país, é superavitária. O vereador questionou: "Como pode um grupo de pessoas ter 95% a menos de reajuste?".

Bandeira ainda citou a obra "Melhores Aposentadorias, Melhores Trabalhadores", lançada em 2013, pelo Ministério da Previdência Social. De acordo com o parlamentar, o livro alega que, no momento, existem dez trabalhadores potenciais para cada aposentado. Entretanto, até 2050, esse índice deve diminuir para um aposentado a cada três trabalhadores potenciais.

A manifestação recebeu o apoio dos vereadores Guila Sebben/PP, Flávio Cassina/PTB e Pedro Incerti/PDT. Para Guila, há indiferença com a situação, desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, passando por Lula e Dilma. Cassina entende que o assunto é preocupante, uma vez que os aposentados enfrentam dificuldades na organização de greves. Para Incerti, essa é uma questão de respeito para com os que ajudaram a construir um país.


12/03/2014 - 20:44
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Luciane Modena

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