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Flavio Cassina diz que dívida pública do Estado é perversa

Na opinião do parlamentar, a situação está insustentável


Na sessão ordinária desta quarta-feira (05/03), o vereador Flavio Cassina/PTB usou a tribuna para comentar sobre a dívida pública do Estado do Rio Grande do Sul. Segundo o petebista, os números saltaram de R$ 4,3 bilhões, no governo Alceu Collares (1991-1994), passando por Antônio Britto (1995-1998), Olívio Dutra (1999-2002), Germano Rigotto (2003-2006) e Yeda Crusius (2007-2010), até chegar ao governo atual, de Tarso Genro, registrando R$ 52,7 bilhões. "É uma rosca sem fim. Realmente é preocupante", alertou. 

Conforme Cassina, o próprio governador Tarso Genro já deixou transparecer que não irá à reeleição, se não houver um novo indexador para a dívida. "O que ocorre com a dívida pública é muito parecido com os débitos bancários relativos ao cheque especial. O problema está na origem das dívidas. É uma caixa-preta. Juros sobre juros, indexadores pouco confiáveis, inflação, atualizações monetárias automáticas mensais e cumulativas. Trata-se de uma agiotagem de fazer inveja. Se não decifrarmos a caixa-preta, buscando a origem da dívida, não haverá solução", acredita o petebista.

Durante a sessão, Cassina apresentou um estudo da ONG Auditoria Cidadã. Um relatório apresentado pela direção do órgão afirma que nada adianta trocar o fator de correção, sem rediscutir a composição do passivo. A ONG também comunga com a ideia de que a conta, no caso do RS, já foi paga várias vezes, a exemplo do cheque especial. "A persistir o atual quadro, o Rio Grande do Sul, literalmente, quebrará. Mexer agora no indexador é fazer furo na água. A dívida continuará subindo astronomicamente", argumenta.

Cassina defende uma cruzada nacional pela revisão das dívidas para saber o que é realmente dívida e o que foi embutido de forma imprópria no transcorrer dos anos. Para resolver a questão, ele acredita ser inevitável o perdão de parte da dívida.

"Se o governo federal perdoa dívida de venezuelanos, bolivianos, colombianos e de outras repúblicas, por que não aliviar a dos Estados?", questiona o vereador. Para esse fim, sustenta que é necessário organizar um movimento ordeiro e convencer deputados estaduais, federais, senadores e governadores, antes que a situação se torne insustentável.

05/03/2014 - 19:27
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Luiz Claudio Farias - MTE 7.859

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