Os 60 anos do Monumento Nacional ao Imigrante motivaram o pronunciamento do vereador Gustavo Toigo, presidente da Câmara, no grande expediente da sessão ordinária desta quinta-feira (27/02). O parlamentar fez um histórico da obra, inaugurada no dia 28 de fevereiro de 1954. Na manhã desta sexta-feira (28/02), às 10h, haverá o descerramento de uma placa alusiva ao marco histórico, em cerimônia conjunta do Legislativo caxiense com a prefeitura municipal. Às 16h, a Câmara homenageará os familiares dos que ajudaram a idealizar e construir o monumento, no estande do Legislativo, no Centro de Eventos da Festa da Uva.

Toigo recordou a história do monumento. Explicou que a obra foi inaugurada pelo presidente da República da época, Getúlio Vargas, no mesmo período em que ocorria a Festa da Uva. Ele lembrou que Getúlio prescreveu que se alterasse a denominação de Monumento Nacional ao Imigrante Italiano para Monumento Nacional ao Imigrante, homenageando todas as etnias que aportaram ou aportariam no Brasil.

O parlamentar destacou as dificuldades enfrentadas pelos primeiros imigrantes. Conforme o pedetista, mesmo com a alteração no nome da obra, o obelisco erguido atrás da figura dos imigrantes ostenta a data de 1875, que lembra o início da colonização italiana. Quanto à mudança no nome do monumento, Toigo mencionou que, no ano da inauguração, ainda rescaldavam consequências da Segunda Guerra Mundial. Ele lembrou que a Festa da Uva também foi interrompida por 10 anos em decorrência da Guerra, tendo suas atividades reiniciadas em 1950. Além disso, salientou que Getúlio Vargas anteviu a miscigenação brasileira, que hoje é também tema da atual Festa da Uva: "Na alegria da Diversidade".

De acordo com o vereador, o Monumento Nacional ao Imigrante, localizado no quilômetro 150 da BR-116, teve sua pedra fundamental lançada em 1950, pelo então presidente da República Eurico Gaspar Dutra. A construção se iniciou em 1951, baseada no projeto idealizado por Antonio Caringi, que vencera concurso com essa finalidade. A metalúrgica Abramo Eberle providenciou a fundição em bronze, com supervisão de Tito Bettini. As partes da obra construídas em alvenaria e pedra foram erigidas pelo construtor Silvio Toigo e por José Zambon.

O parlamentar ainda mencionou as seguintes pessoas que, conforme ele, tiveram participação fundamental na concepção e na construção do monumento: Euclides Triches, Humberto Bassanesi, Julio Ungaretti, Luciano Corsetti e Luiz Compagnoni. Também ressaltou os nomes Luigi e Enrica Zanotti, casal de imigrantes que serviu de inspiração para a escultura.