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Rodrigo Beltrão solicita mais explicações sobre o Sistema Marrecas

Parlamentar diz que o ex-diretor-presidente do Samae Marcus Vinicius Caberlon também deveria vir à Câmara para prestar esclarecimentos


Na sessão ordinária desta terça-feira (11/02), o vereador Rodrigo Beltrão/PT repercutiu a participação do atual diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Edio Elói Frizzo, em reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH), promovida ontem (10/02) para tratar sobre o Sistema Marrecas. Ele reivindica mais explicações e, agora, pede esclarecimentos do diretor-presidente do Samae na gestão passada, Marcus Vinicius Caberlon.

O petista voltou a falar sobre o assunto e frisou que é trabalho de vereador fiscalizar obras do poder Executivo. Diante disso, ele defende a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar, entre outros itens, a questão dos vazamentos na Barragem do Sistema Marrecas.

Na ótica de Beltrão, Frizzo apresentou respostas limitadas na última segunda-feira. Disse que, durante anos, a obra foi assumida pelo ex-prefeito José Ivo Sartori, pelo antes vice-prefeito e, hoje, chefe do Executivo, Alceu Barbosa Velho, e pelo ex-diretor-presidente do Samae Marcus Vinicius Caberlon. No entanto, agora, com o surgimento de problemas de vazamento, percebe que nenhum deles quer assumir a obra. Conforme o vereador petista, a administração Sartori optou por um modelo equivocado, ao privilegiar o uso do concreto em detrimento a materiais com maior sustentabilidade. "Houve uma falha geológica constatada lá atrás e não é pouca coisa. Isso fez com que a obra sofresse alterações de custo e operação", aponta.

O petista diz estar preocupado porque Frizzo não garante que a represa não virá a romper. "Precisamos que a atual direção nos dê certeza sobre a realidade do assunto", cobrou, apontando a necessidade de maior segurança.  

O parlamentar também criticou o fato de a entrega da obra ter sido prometida no ano passado e, até agora, não foi finalizada. Para Beltrão, Caberlon deveria voltar à Câmara para prestar novos esclarecimentos. "Ele veio nesta Casa quando não se sabia a profundidade do problema", argumentou.

Na opinião da vereadora Denise Pessôa/PT, o atual diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo, mesmo se esforçando para dar retorno aos questionamentos, não teria conseguido responder à altura, pois, conforme ela, não tinha as informações necessárias. A parlamentar citou como exemplo a falta de esclarecimento sobre a questão geológica que teria provocado as infiltrações na represa. Também mencionou que Frizzo não disse se haverá aumento do vazamento que, segundo a vereadora, hoje é de 70 litros/segundo. "Sendo uma infiltração de água, a tendência é aumentar esse vazamento", acredita.  

Denise também defende a presença do ex-diretor Marcus Vinicius Caberlon na Câmara. "A população não pode pagar pelo erro que o poder público cometeu. Precisamos cobrar do diretor-presidente da época (em que a obra se iniciou) e não vejo problema ele vir aqui. Toda cidade ganha e isso significa transparência", justificou.

O vereador Mauro Pereira/PMDB classificou como democrática a condução da reunião da CDUTH, que teve a participação de Frizzo. "O que assisti aqui ontem foi o diretor-presidente Frizzo mostrando grande experiência no serviço publico, porque ele é um servidor concursado que já dirigiu o Samae anteriormente", elogiou.

O peemedebista afirmou que todas  as questões direcionadas ao diretor foram respondidas. Garantiu que técnicos contratados pela prefeitura vão fazer um estudo e apontar uma solução para o problema. Ele ainda rebateu as críticas da oposição, lembrando que o ex-diretor presidente do Samae Marcus Vinicius Caberlon prestou esclarecimentos à Câmara sobre o Sistema Marrecas em 2005, 2009, 2010, 2011 e 2012. "O ex-diretor-presidente veio cinco vezes a esta Casa no passado. Como podem dizer que não houve transparência?", pontua Mauro.  

O parlamentar também ressaltou que há uma série de empresas privadas que fornecem seus produtos com garantia em caso de falhas técnicas. Desse modo, na opinião do peemedebista, o mesmo pode acontecer com a empresa que venceu a licitação do Sistema Marrecas, se for preciso.

Já o vereador Daniel Guerra/PRB questionou quantas obras de menor vulto serão administradas como esta que está em discussão. "Tenho observado que não são poucas as indignações dos cidadãos que registram obras feitas e refeitas inúmeras vezes. Se uma obra dessa grandeza foi e é gerenciada dessa maneira, como são gerenciadas as obras de menor valor do nosso município? Qual é taxa de desperdício? Isso  não é relevante?", perguntou.

Guerra informou que, em declaração à Rádio São Francisco, o prefeito Alceu Barbosa Velho teria dito que os problemas verificados na barragem não são de sua administração. "No momento do lançamento da obra, todo mundo queria ser o pai da criança e, agora, ninguém mais quer. Quem vai pagar por esses erros?", indagou o republicano.

Guerra também defende que o ex-diretor presidente do Samae Marcus Vinicius Caberlon deve vir ao Legislativo para dar explicações sobre prazos que não foram cumpridos. Disse que o tema necessita de esclarecimentos e vai continuar cobrando isso do poder Executivo.

11/02/2014 - 22:16
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Luiz Claudio Farias - MTE 7.859

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