A utilização da internet, no processo de votação do Orçamento Comunitário (OC), foi defendida pelo vereador Rodrigo Beltrão/PT. Na sessão ordinária desta quarta-feira (20/11), o parlamentar informou que fará indicação ao Executivo, com a proposta. Acrescentou que o OC carece de um regimento específico, para orientar a participação popular. "As obras votadas acabam não virando prioridade. Se a situação persistir, o modelo participativo corre o risco de terminar extinto", observou.

De acordo com o petista, no dia de votação do OC, a administração municipal também poderia disponibilizar um computador por centro comunitário. Para ele, seria uma forma de ampliar o debate, sem criar falsas expectativas junto à população.

Beltrão ainda aproveitou o espaço para criticar o fato de emendas, tanto ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO) quanto ao da lei orçamentária anual (LOA), não serem acatadas pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário da Casa, nos últimos anos, que, hoje, é presidida pelo vereador Guila Sebben/PP. Demonstrou a expectativa de que a situação se reverta, já que, neste ano, apresentou emenda com as assinaturas de todos os membros das bancadas do PRB e do PT.

As referidas bancadas apontaram três emendas conjuntas, que somam R$ 4 milhões, para a aquisição de kits com uniformes e material escolar, para alunos da rede municipal de ensino. Beltrão comentou que, desde 2009, vem tentando incluir essa política no orçamento do município. Junto com Beltrão, assinaram as emendas os petistas Denise Pessôa (líder da bancada do PT) e Kiko Girardi e os republicanos Daniel Guerra (líder da bancada do PRB) e Renato Nunes.

O vereador Jaison Barbosa/PDT, porém, sustentou que o OC tem seguido os princípios da cultura comunitária, além de destinar milhões de reais, em investimentos.

Para o próximo ano, o Executivo prevê a execução de R$ 1.403.732.312,89 (um bilhão, quatrocentos e três milhões, setecentos e trinta e dois mil, trezentos e doze reais e oitenta e nove centavos). A proposta da LOA terá que ser aprovada até o final deste ano, para poder vigorar a partir do próximo mês de janeiro.