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Presidente da Comissão de Direitos Humanos vistoria casa de passagem e abrigos

Denise demonstrou preocupação para com o curto período de transição para as casas-lares


Uma vistoria à casa de passagem Novos Horizontes e aos abrigos Caminhos da Esperança, Estrela Guia, Recanto Amigo e Sol Nascente foi feita pela presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Caxias do Sul, vereadora Denise Pessôa/PT, na tarde desta segunda-feira (04/11). Ela demonstrou preocupação para com o que entendeu como curto período de transição, para as chamadas casas-lares, novo modelo da Fundação de Assistência Social (FAS), para abrigar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Em audiência pública da comissão, no último dia 7 de outubro, a presidente da FAS, Marlês Andreazza, havia anunciado que, até o final de janeiro de 2014, a cidade contaria com 12 casas-lares. Naquela oportunidade, ela também tinha destacado que elas abririam 96 vagas, significando 36 a mais, em relação às 120 hoje disponíveis. Conforme a dirigente, cada casa teria um coordenador-geral, um psicólogo e uma assistente social.

Na vistoria da tarde de hoje, Denise ouviu do coordenador da casa de passagem, Adriano Blanco, que ela será a primeira unidade a fechar, dentro do processo de migração para as casas-lares. Conforme ele, o fim dos trabalhos poderá ocorrer até o final de novembro. Assim como profissionais dos abrigos, relatou que boa parte dos 20 adolescentes abrigados está com dificuldades psicológicas para aceitar a transição. "Em quase 12 anos de existência, foram mais de quatro mil acolhimentos, envolvendo 1.168 jovens. Os dependentes químicos reincidiam nas baixas a casa", comentou.

Enquanto isso, a assistente social Claudenise Maristela Fries e o educador Guilherme Adami, do Recanto Amigo, também contaram sobre o vínculo que os 13 jovens abrigados desenvolveram com os profissionais da casa. A coordenadora da casa Caminhos da Esperança, Eliza Azambuja, informou que, dos 21 abrigados, oito iriam para o projeto Casa-Lar. Disse que o fechamento do abrigo está prorrogado para 31 de dezembro e que não sabe se a entidade funcionará em 2014.

Eliza ainda apontou dificuldades para manter o quadro pessoal. De acordo com ela, dos 21 funcionários, nove estão pedindo demissão. Observou que o atendimento aos abrigados poderá sofrer prejuízos, já que existe um sistema de rodízio, pelo qual cada colaborador trabalha 12 horas e folga 36 horas.

Na audiência pública de 7 de outubro, Marlês tinha reafirmado que, pelo novo modelo, permaneceriam dois abrigos, que já são mantidos pela FAS. Explicou que esses dois se somariam às 12 casas licitadas, que teriam o mobiliário custeado pela fundação.

Além da presidente Denise Pessôa/PT, integram a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança os vereadores Flávio Dias/PTB, Mauro Pereira/PMDB, Rafael Bueno/PC do B e Renato Nunes/PRB.

04/11/2013 - 17:21
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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