O debate sobre a situação da saúde, em Caxias do Sul, foi retomado na sessão ordinária desta quinta-feira (31/10). O vereador Mauro Pereira/PMDB trouxe à tona a intenção de fazer carta aberta, para que 11 pediatras da unidade de tratamento intensivo (UTI), do Hospital Geral, reconsiderassem a decisão de se demitirem dos seus cargos. Comentou que alguns médicos chegam a fazer 120 horas extras mensais, por conta da demanda. Os profissionais prestam serviço por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme o peemedebista, existem, apenas, 40 médicos pediatras que prestam serviço ao SUS, no município. Disse que o principal motivo da demissão em massa é a remuneração. Entretanto, ponderou que não há como prometer aumento de salário, porque, para isso, se faz necessária a autorização do governo federal.

O vereador Daniel Guerra/PRB acusou que, na audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, realizada na última sexta-feira, na sala das comissões da Casa, teria havido ocultação de informações, por parte da secretária municipal da Saúde, Dilma Tessari. Para o republicano existe negligência gerencial do sistema de saúde local.

Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, o vereador Henrique Silva/PC do B discordou da ideia de caos, no setor. Ressaltou que os membros da comissão têm contribuído na busca de formas, para melhorar a situação. Exemplificou a partir do pleito, junto à bancada gaúcha, no Congresso Nacional, para a apresentação de emenda ao orçamento da União, em benefício do Hospital Geral. Membro da comissão, o vereador Pedro Incerti/PDT apoiou as ações do grupo.

Depois de o vereador Rodrigo Beltrão/PT considerar a saúde de Caxias do Sul frágil, o líder do governo municipal na Casa, vereador Gustavo Toigo/PDT, alertou que, segundo ele, o setor recebeu a aprovação popular a partir dos resultados do último pleito eleitoral.

Ao término das discussões, Mauro ainda tratou do transporte escolar do aluno Alisson Fracasso Martins. Ele participa das atividades junto à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Caxias do Sul (APAE). O parlamentar informou que a secretária municipal da Educação, Marléa Ramos Alves, suspendeu o transporte que levava o aluno até a entidade.

De acordo com Mauro, o pai de Alisson pediu ajuda a partir de meios de comunicação, porque a família não tem condições de locomover o menino até a APAE. O peemedebista solicitou auxílio ao líder de governo. Em resposta, Toigo mencionou que levará a indicação ao Executivo.