Na sessão ordinária desta quinta-feira (24/10), a construção da escola infantil Marquinhos, no Bairro São Vitor Cohab, voltou à pauta dos debates. A escola foi interditada em 2009, por danos estruturais, e os alunos, transferidos para outro prédio, no Bairro Bela Vista. Segundo a vereadora Denise Pessôa/PT, a secretária municipal da Educação, Marléa Ramos Alves, já havia dito, anteriormente,  durante uma reunião, no bairro, que faltava, apenas, uma  licença ambiental para  demolição do  prédio. A petista disse que, até o momento, essa licença ainda não tinha sido emitida pelo órgão responsável.

Para corrigir o problema, Denise afirmou ter solicitado vigilância permanente no local à Guarda Municipal. Disse que, anteriormente, através de emenda parlamentar ao orçamento, havia tentado uma creche para aquele bairro, mas que a proposta terminou rejeitada. Segundo ela, desde o ano passado, o governo municipal possui autorização para a construção de um prédio novo, em área cedida pelo estado.

De acordo com Denise, o chefe de Gabinete do município, Manoel Marrachinho, teria afirmado que o governo gaúcho fez a doação de área própria, para a construção de novo prédio para a escola, mas que a obra não teria avançado devido a um pavilhão utilizado como CTG, no local. A petista sustentou que já haveria a liberação para construir o prédio novo.

Segundo o vereador Edi Carlos/PSB, a questão da doação do terreno se arrasta desde 2009, ano em que a escola foi interditada. "Desde aquela época, deveria ser doada uma área pelo estado, através de repasse ao município, mas, até hoje, não foi feito", comentou. O socialista afirmou que o estado só vai repassar a área quando o pavilhão existente no local for retirado. Enfatizou que, atualmente, o pavilhão é utilizado pela comunidade, apesar de ser uma edificação irregular.

Para o vereador Mauro Pereira/PMDB, mesmo sem o prédio, todas as crianças da escola estão recebendo atendimento em outro local, com transporte gratuito, fornecido pela prefeitura. No entanto, o vereador Rodrigo Beltrão/PT apontou que o município teria abandonado aquela região.

O vereador Jó Arse/PDT disse que um dos motivos do atraso, para a demolição do prédio, se deve a um pedido do presidente da Associação dos Moradores do Bairro São Vitor Cohab, Natal Fonseca. Contou que ele solicitou ao poder público para desmanchar a edificação e reutilizar a sobra do material de construção, para a entidade que preside.  Conforme Jó, a Prefeitura atendeu ao pedido, mas, depois de o dirigente voltar atrás, ela desistiu da iniciativa.