O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Rio Grande do Sul pautou a manifestação do vereador Raimundo Bampi/PSB, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (19/09). Após passar por um período de dificuldades em 2012, a economia gaúcha mostra sinais de recuperação, relata o parlamentar. Para o socialista, essa mudança de comportamento está diretamente ligada ao efeito das safras excelentes do setor de grãos, especialmente as culturas de milho e soja. Os números comprovam, afirma Bampi.

Somente no segundo trimestre do ano passado, o PIB gaúcho aumentou 6,4% em comparação ao trimestre anterior. Além disso, conforme Bampi, ficou quatro vezes acima do PIB nacional nesse período. "Se compararmos com a mesma época do ano passado, a economia gaúcha, que havia caído 5,3% devido a problemas climáticos, especialmente por causa das estiagens, a alta foi de 15%, maior crescimento da última década", ressaltou.

O parlamentar atesta que, no Rio Grande do Sul, a soja teve a maior safra da história este ano, com preços muito animadores. Já o milho teve a produção 60% superior a 2012. "Alguém poderá questionar se foi só com o setor agrícola que o PIB do Estado cresceu. Obviamente que não. Indústria e serviços também cresceram. Agora, quem puxou esse progresso, o carro-chefe foi, mais uma vez, o setor agropecuário", constata, ressaltando que, quando o setor agrícola vai bem, toda a economia segue o mesmo rumo.

Nessa esteira, conforme Bampi, é imperativo afirmar que ganham a indústria, os serviços e os transportes. Esse último setor teve elevação do frete em 8,5%, gerando ainda aquecimento na venda de máquinas e implementos. Embora Caxias do Sul não seja grande produtor de grãos, uma parcela substancial da indústria local colhe os frutos desse bom momento, especialmente o segmento metalúrgico, que produz caminhões, tratores e implementos, avalia Bampi.

O socialista apresenta outro dado interessante observado por economistas. É o de que o setor agropecuário gaúcho representa pouco mais de 10% do PIB, no entanto, o complexo industrial a ele ligado pesa mais de 30% do PIB do Rio Grande do Sul. "Não é à toa que nossas autoridades estão eufóricas com o desempenho e já estão chamando o PIB de Pibão", destacou.

O parlamentar salienta que, mesmo com toda essa exuberância na economia, o meio rural ainda não recebe atendimento, acompanhamento e reconhecimento necessário por parte das autoridades. "Se assim fosse, com certeza, teríamos condições de produzir mais, gerar mais riqueza e divisas, beneficiando toda a população", observa.