Na sessão ordinária desta terça-feira (20/08), o vereador Pedro Incerti/PDT falou da campanha salarial dos bancários, enfatizando a data-base da categoria, que ocorre a partir de 1º de setembro, quando entra em vigor o novo salário. Segundo ele, a categoria está se mobilizando em todo território nacional, em busca de melhores condições salariais. Elogiou a luta dos trabalhadores metalúrgicos, que alcançaram um índice de 9,5% de aumento de salário.

Incerti citou as reivindicações da categoria para este ano, como reajuste salarial de 11,93%, incluindo 5% de aumento real e inflação projetada de 6,6%. Atentou para o piso mínimo estabelecido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no valor de R$ 2.860,21, além de participação nos lucros, vale-alimentação e auxílio-creche. Disse que a categoria também reivindica melhores condições a partir do fim das metas individuais abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Especialmente, sobre doenças provocadas pelo exercício da profissão, o vereador Henrique Silva/PC do B relatou que a categoria dos bancários é uma das que mais sofrem com problemas de depressão. Afirmou que o partido acompanha todos os movimentos sindicais. Comentou que o segmento dos bancos é um dos que mais geram lucros. Mas que, ao mesmo tempo, se encontra entre os que menos repassam esses dividendos para os seus trabalhadores.

Nesse sentido, Incerti informou que, a cada hora, os bancos, no Brasil, lucram, em média, R$ 27 milhões. Observou que a economia individual de 60 países não atinge o lucro de algumas instituições bancárias, chegando a R$ 15 bilhões anuais.

O pedetista ainda fez um apelo à direção do Banco do Brasil, para que não encerrassem as atividades do setor jurídico, em Caxias do Sul. Conforme ele, está prevista a transferência do setor para a Capital gaúcha, ainda este ano.