O vereador Rafael Bueno/PC do B, na sessão ordinária desta terça-feira (16/07), relatou o dilema sofrido por ele, durante o fim de semana passado, ao tentar receber atendimento médico, na iniciativa privada. Ao buscar atendimento no plantão da UNIMED, o parlamentar contou ter esperado mais de quatro horas, sem ser atendido.

Segundo o comunista, mais de 50 pessoas já haviam recebido atendimento enquanto outras, ansiosas, aguardavam na fila.  Ao perguntar para a atendente quantos médicos estavam trabalhando naquele horário, veio a surpresa: apenas, um profissional estava à disposição dos enfermos que procuravam o plantão. O parlamentar acabou desistindo do atendimento em virtude da demora. "Os planos de saúde privados têm hoje a mesma fila de espera que existe no Sistema Único de Saúde (SUS)", espantou-se.

Bueno pediu a revisão dos planos de saúde. Observou que, ao procurar o plantão do Hospital Pompéia, deparou com mais uma surpresa. Antes de sair de casa, ele havia verificado que estava com febre, mas o médico do local não fez a aferição e o encaminhou direto para uma nebulização. Notou, também, que muitos procedimentos de responsabilidade dos médicos estavam sendo realizados por enfermeiros.  Ele conversou com alguns funcionários que confirmaram a observação.  Um deles chegou a confidenciar que 80% dos procedimentos de responsabilidade dos médicos são feitos por enfermeiros. Em virtude dessa situação, o parlamentar questionou aqueles que rejeitam a vinda de médicos estrangeiros.

Para o vereador, não existe qualquer tipo de problema em contratar médicos de outros países, já que estes profissionais foram aprovados e diplomados em seus países de origem. Disse que o Conselho Federal de Medicina é o principal culpado pela falta de profissionais, no Brasil. Segundo o parlamentar, esse órgão teria vetado a criação de novos cursos de medicina, no país.