Casos de insegurança conduziram o vereador Edi Carlos/PSB a pedir um núcleo de policiamento comunitário para a região do Planalto, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (16/04). Ele enalteceu dados que mostram a eficácia do projeto, um ano após ter sido instalado em outras localidades do município. Acrescentou que os arrombamentos a residências e os assaltos ao comércio caíram mais de 30% e que o número de homicídios caiu pela metade, enquanto que os ataques a postos de gasolina apresentaram redução de 62%.

Aquela região contempla 16 bairros, e, de acordo com o parlamentar, sofre cada vez mais com atos de vandalismo e criminalidade. Em visita a estabelecimentos da região, relatou ter conversado com moradores, comerciantes e professores, que lhe passaram ocorrências.

Dentre elas, o socialista comentou o caso de um comerciante que deixa reservada determinada quantia em dinheiro, para entregar aos bandidos, caso seja assaltado. Também aludiu ao depoimento da diretora da Escola Estadual Melvin Jones, que mostrou ao vereador um vídeo registrando um grupo a atirar pedras, a fim de quebrar vidraças da escola. A Escola Municipal Guerino Zugno, por sua vez, relatou ao parlamentar sequestro relâmpago com uma das professoras, além do fato de já ter sido arrombada em inúmeras ocasiões.

A dependência química foi outro aspecto comentado. De acordo com o vereador, o tráfico e o consumo têm aumentado na região, bem como, a ocorrência de grupos chamados de bondes, que transitam pelas ruas, a fim de promover vandalismo e violência. O socialista marcou uma reunião com o Major Ribas e com o Coronel Louzada, a fim de discutir o assunto, juntamente aos moradores, na próxima segunda-feira, na Escola Municipal Guerino Zugno.

O vereador Raimundo Bampi/PSB concordou com a solicitação feita por Edi Carlos, relatando que o policiamento comunitário é capaz de inibir muitas das ocorrências de insegurança. Mauro Pereira/PMDB, por sua vez, considerou preocupante o relato de ocorrências feito por Edi Carlos. O peemedebista criticou a atuação do Congresso Nacional no que se refere à segurança pública, com a criação de leis que, segundo ele, deixam impunes os bandidos.

O projeto de policiamento comunitário foi concebido pela Secretaria Estadual da Segurança Pública e consiste no custeio do aluguel das moradias de policiais militares, por parte do governo municipal, para que atuem nos bairros em que residirão. O governo do Estado, por sua vez, disponibiliza o efetivo, equipamentos e viaturas.

Atualmente, a cidade conta com 10 núcleos desse tipo de policiamento, estando presente em 18 bairros da cidade. Os próximos núcleos, com instalação marcada para o início de maio, abrangerão os bairros Marechal Floriano, Cinquentenário I e II, Cruzeiro, Jardim América, Universitário, Euzébio de Queiroz e Madureira.