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Custo final da barragem do Marrecas volta a gerar divergências

Na inauguração, em dezembro passado, o montante havia alcançado R$ 250 milhões


O debate sobre o custeio final da barragem do sistema Marrecas, no distrito caxiense de Vila Seca, foi retomado na sessão ordinária desta terça-feira (16/04). O vereador Rodrigo Beltrão/PT trouxe assunto à tona, após relatar ter feito vistoria ao local, na tarde de hoje. Ele afirmou que recentes financiamentos da prefeitura, junto ao governo federal, para a construção de adutoras, elevaram o valor para margem acima de R$ 300 milhões.

Em dezembro do ano passado, quando da inauguração do empreendimento, o Executivo Municipal havia divulgado a quantia final de R$ 250 milhões (R$ 152 milhões via financiamentos da União e o restante a partir de recursos próprios). A previsão era de garantir, pelos próximos 30 anos, o abastecimento de água de cerca de 250 mil pessoas.

Beltrão embasou a quantia superior a R$ 300 milhões em recentes manifestações do diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Elói Frizzo. O petista reiterou que os 60% de perdas de água, devido a não tributação e a vazamentos, em algumas localidades, seguem sem providências.

Por outro lado, o líder do governo na Casa, vereador Gustavo Toigo/PDT, enfatizou o compromisso do Marrecas com o saneamento e o abastecimento do município. Ressaltou que a contratação de adutoras, aprovadas recentemente, pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), garantirá a chegada de água da barragem, para bairros da cidade.

O petista, porém, estendeu as críticas às formas de destinação das madeiras oriundas do corte de árvores, no entorno daquela barragem, para viabilizar o alagamento do sistema. "Infelizmente, boa parte das árvores acabou enterrada. Outras toneladas de araucárias estão apodrecendo ao ar livre", atacou. Beltrão lembrou plano da administração anterior, para destinar recursos da venda de 3,5 mil araucárias a projetos de habitação popular. Lamentou, ainda, o roubo de toras de madeira, o que, a seu ver, precisará de providências do Tribunal de Contas da União.

Toigo respondeu dizendo que o Samae já contratou dez mil metros de cerca e providenciou serviços de vigilância, para a barragem. Referiu que o município planejou 12 programas e seis subprogramas que visem à proteção da fauna e da flora, com atendimento a todos os requisitos ambientais, para que pudesse alagar a área das árvores. Segundo ele, mais de 150 proprietários de terras foram devidamente indenizados.

O vereador Guila Sebben/PP ressaltou que, depois do custo inicial de R$ 130 milhões, o processo de finalização do empreendimento sofreu diversas mudanças. Mencionou que a forma de bombeamento passou de elétrica para gravidade, a partir do Morro Alegre, que ficou adaptado para os futuros mananciais Mulada, Piaí e Sepultura.

Os parlamentares Jaison Barbosa/PDT, Mauro Pereira/PMDB e Pedro Incerti/PDT se manifestaram favoravelmente ao Samae.

16/04/2013 - 21:30
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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