O déficit nas contas do Estado pautou o pronunciamento do vereador Guila Sebben/PP, na sessão ordinária desta quinta-feira (04/04). Para o progressista, o Estado acumula os piores índices de gestão financeira do Brasil nas mais diferentes áreas: educação, saúde, logística, entre outras. O parlamentar mostrou-se pessimista quanto ao futuro do Rio Grande do Sul no que se refere à questão financeira. Acredita que o caixa do Estado não deve encontrar equilíbrio em um curto espaço de tempo e nem a longo prazo.

Guila lembrou que o governador Germano Rigotto foi duramente criticado pela bancada do PT em 2004, quando foi buscar verbas através de depósitos judiciários para regularizar as contas do Rio Grande do Sul. Estranhou que, hoje, o governador petista Tarso Genro utilizou o mesmo expediente e resgatou junto ao Banrisul mais de R$ 4 bilhões para sanar dívidas. Guila lembrou que essa é uma prática comum e que vem se repetindo por diversos ocupantes do Palácio Piratini, por isso, na sua opinião, o tema não tem conotação política. "O nosso Estado está falido, está quebrado. Sem poder de investimento, vamos continuar amargando exercícios de déficit fiscal", alertou.

Mauro Pereira/PMDB concordou com a ponderação do colega progressista sobre a sucessão de erros de governos na gestão dos recursos públicos do Estado. Pedro Incerti/PDT sugeriu que o debate deve ser estendido para toda a sociedade gaúcha.  "A população tem o direito de saber onde e como o governo está administrando o dinheiro arrecadado com impostos", defendeu. Rodrigo Beltrão/PT afirmou que o déficit do Estado é histórico e que teria começado na década de 1980, na gestão do governador Jair Soares.