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Vereadores divergem sobre símbolos religiosos

Nunes propõe a retirada de imagens, em locais públicos


Um projeto para eliminar as imagens religiosas, em instituições públicas, deverá ser apresentado nos próximos dias, pelo vereador Renato Nunes/PRB. Na sessão ordinária desta terça-feira (02/04), alegou que a Constituição Federal precisa ser rigorosamente seguida a partir do seu artigo quinto, pelo qual o estado é laico, ou seja, sem qualquer tipo de interferência religiosa.

Segundo ele, o país se diz laico. Mas, na prática, os lugares públicos estão tomados por símbolos religiosos. Citou o crucifixo do plenário da Câmara, como exemplo. Nunes também demonstrou indignação com a interrupção da sessão de hoje, para a divulgação da Festa do Divino, um evento católico realizado anualmente, no Interior caxiense. Disse se sentir ofendido com tal privilégio, já que, como homem público e pastor evangélico, afirmou trabalhar por toda a comunidade, independentemente da religião.

Por outro lado, o vereador Daniel Guerra/PSDB discordou, com veemência, do colega. Para o tucano, o país vive uma crise de injustiças, pela falta de religiosidade, nas famílias e na sociedade em geral. Para Guerra, a remoção de um crucifixo significa a proclamação de um valor ateu e antirreligioso.

Para Rodrigo Beltrão/PT, o debate não pode ser apaixonado, mas, racional e baseado na constituição do ser humano. Os vereadores Mauro Pereira/PMDB e Raimundo Bampi/PSB concordaram que ter um crucifixo ou uma imagem sagrada é direito do cidadão. Para o vereador Gustavo Toigo/PDT, mesmo que o estado seja laico, o povo tem o direito de adotar o crucifixo, símbolo da cristandade.

02/04/2013 - 21:05
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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