Na sessão ordinária desta quarta-feira (06/03), a vereadora Denise Pessôa/PT falou sobre a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado, para debater o novo modelo de pedágios, no Rio Grande do Sul, realizada na cidade de Carazinho. A parlamentar sustentou que o fim dos pedágios não pode se restringir à esfera judicial. Para ele, o envolvimento da comunidade, no debate, precisa ser cada vez maior. Acrescentou que a Justiça não estaria ao lado dos usuários das rodovias pedagiadas.

Conforme ela, o polo de Carazinho foi o primeiro, no Estado, que deveria encerrar as atividades, mas que, por uma ação judicial, ainda não fechou as cancelas. Disse que, a partir da decisão favorável à concessionária de Carazinho, haverá manifestações populares em todas as praças de pedágio, em solo gaúcho, e vigílias da comunidade, para pressionar o Judiciário.

Denise elogiou a medida do governo estadual, em encerrar as concessões, e citou que o polo de Carazinho só teria atendido aos interesses dos concessionários. Denise relatou que, naquela região, foram arrecadados R$ 460 milhões, dos quais cerca de R$ 130 milhões serviram para melhorias, no trecho concedido. Segundo relatório lido pela vereadora, durante os 15 anos de vigência do contrato de concessão, a empresa responsável deixou de investir R$ 13 milhões em melhorias.

Enquanto isso, o vereador Mauro Pereira/PMDB alertou sobre as ações que, a exemplo de Carazinho, vão saturar os tribunais do Estado. Para ele, as concessionárias são grupos poderosos e de difícil enfrentamento, pelo nível técnico de seus advogados. A manifestação encontrou eco nas vozes dos vereadores Henrique Silva/PC do B e Jaison Barbosa/PDT.