A sequência de discussões, que marca o Seminário de Humanização do Parto, teve início, na Câmara Municipal de Caxias do Sul, na noite desta sexta-feira (10/08). O evento, realizado pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária (CLPC), foi acompanhado por cerca de 50 pessoas, no plenário da Casa. Os palestrantes disseram acreditar que o índice de partos naturais, sem intervenção cirúrgica, deve crescer no município. O seminário terá continuação neste sábado. As atividades começarão às 9 horas e se estenderão até as 12 horas.

A presidente da comissão, vereadora Denise Pessôa/PT, relatou que o diálogo acerca das formas de parto deve ser ampliado. Para ela, a popularização da temática provocaria maior conhecimento das gestantes, para decisão no processo de nascimento. A petista apontou que o município tem de estar atento à possibilidade de verbas federais para a humanização da gravidez, na cidade, através do programa nacional Rede Cegonha.

O diretor do Centro de Ciências da Saúde (CECS) da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Rosano Dal Molin, incentivou a profissionalização do serviço de parto natural.  Segundo ele, a comunidade caxiense necessita de acréscimo na quantidade de doulas, agentes treinadas para nascimentos sem intervenção cirúrgica. Na mesma linha, Marco Túlio Zanchi, fundador da maternidade do Hospital Geral (HG) de Caxias do Sul, revelou que a incidência de cesarianas, na região, chega a 90% dos partos.

Na sequência, a representante da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras Seção Rio Grande do Sul (ABENFO/RS), Lisiane Treptov, citou que procedimentos cirúrgicos desnecessários, nas maternidades, resultam em ampliação de sete vezes no risco de vida, para a gestante.

Além de Denise, a CLPC conta com os parlamentares Ana Corso/PT, Daniel Guerra/PSDB, Renato Nunes/PRB e Rodrigo Beltrão/PT.