O quadro da segurança no município foi abordado em manifestações parlamentares, na sessão ordinária desta terça-feira (12/06). Recentes crimes, no bairro Beltrão de Queiroz, que foram tema de audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente ontem, tiveram as suas causas e soluções discutidas, em plenário.

A presidente da frente parlamentar, Ana Corso/PT, criticou a ausência de políticas públicas no bairro. Para ela, o alto número de homicídios de jovens na região tem relação com a falta de opções de desenvolvimento social e lazer para a comunidade.

A petista saudou a sinalização do coordenador estadual do policiamento comunitário, coronel Julio César Marobin, que o projeto, parceria entre o governos municipal e estadual, deva se ampliar para o Beltrão de Queiroz. A opinião foi compartilhada pelo vereador Daniel Guerra/PSDB. De acordo com o tucano, o envolvimento da Casa com a questão deve ter continuidade, depois da audiência realizada. Atualmente, o policiamento comunitário está concentrado no Centro da cidade.

O vereador Renato de Oliveira/PCdoB observou que, a seu ver, nenhuma resolução efetiva foi tomada na audiência. Para ele, o tamanho reduzido da localidade deveria favorecer a fácil resolução da criminalidade. Apontou que os agentes públicos não entram no bairro, em função da insegurança.

Na mesma linha, o petista Guiovane Maria disse que a situação é semelhante à de outros locais da cidade. Sugeriu uma iniciativa da polícia para que a criminalidade seja reduzida em todo o município. A vereadora Denise Pêssoa/PT concordou com a ideia.

Enquanto isso, o vereador Mauro Pereira/PMDB frisou que a prefeitura regularizou o Beltrão de Queiroz, na atual gestão. Explicou que os moradores receberam a escritura de seus lotes, nos últimos anos. Ele ponderou que a insegurança da região apresenta causa na negligência de diferentes esferas do poder público. O pronunciamento encontrou coro comum entre os vereadores Alaor de Oliveira/PMDB e Vinicius Ribeiro/PDT.

Para o vereador Gustavo Toigo/PDT, é necessária a instalação de unidade de polícia pacificadora (UPP) naquele bairro, aos moldes de projeto em funcionamento, no estado do Rio de Janeiro. O pedetista apontou que o estado precisa intervir na situação, para a pacificação da localidade.