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Beltrão de Queiroz deverá ter policiamento comunitário até o final do ano

O coronel Marobin manifestou a intenção em audiência pública


A possibilidade de o bairro Euzébio Beltrão de Queiroz receber unidade do policiamento comunitário até o final deste ano foi acenada em audiência pública da Câmara Municipal de Caxias do Sul, realizada na tarde desta segunda-feira (11/06). O coordenador estadual de policiamento comunitário, coronel Júlio César Marobin, destacou que a tendência faz parte do plano de expansão do projeto-piloto e que também atingiria os bairros Centenário II e Marechal Floriano. A presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, vereadora Ana Corso/PT, coordenou os debates.

Até o momento, a cidade conta com dez núcleos, cuja primeira fase demandou R$ 700 mil de recursos estaduais. O município banca a moradia dos policiais militares envolvidos. Segundo Marobin, até o final de 2014, a expectativa é de que município tenha 30 núcleos. Afirmou, ainda, que a iniciativa também abrangerá a região metropolitana, Passo Fundo, outros municípios da Serra, entre outras localidades.

A criminalidade, intensificada pelo tráfico de drogas, naquele bairro, predominou as manifestações de líderes comunitários. A maior parte deles questionou o porquê de o Beltrão de Queiroz ainda não dispor daquela modalidade de policiamento. O coronel explicou que, na etapa inicial, a prioridade levou em conta índices de furtos, mais concentrados no Centro. Mais adiante, outros critérios prevalecerão, como as drogas, detalhou. Disse que, nos próximos meses, o estado anunciará a contratação de dois mil policiais militares e de 500 civis e que Caxias deverá ser contemplada com reforços.

O comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, major Jorge Émerson Ribas, garantiu que a região do Beltrão de Queiroz tem passado por operações diárias de abordagem. Lamentou, porém, o baixo volume do seu efetivo, na ordem de 480 homens. Conforme ele, o mínimo necessário seriam 687 brigadianos.

O secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, Roberto Soares Louzada, ressaltou que, desde o início do ano passado, a pasta investiu R$ 1,864 milhão, incluindo a reforma do centro de operações da Brigada Militar, ao custo de R$ 109 mil. Referiu que, em todo o país, o número de homicídios aumentou 22% nos últimos meses.

A presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente pediu que o Beltrão de Queiroz seja alvo de políticas transversais. Sustentou que, além de segurança, saúde, educação e assistência social precisam se integrar ao combate à criminalidade.

Ana informou que os vereadores deverão organizar outro encontro para avaliar o andamento do processo. Reiterou, ainda, o seu inconformismo diante dos 60 homicídios registrados em Caxias, desde o início deste ano, tendo crianças e jovens na maior parte das vítimas.

A vereadora Denise Pessôa/PT relatou ter constatado carência de projetos sociais no Beltrão de Queiroz. Sugeriu programas culturais que integrem a juventude. Para o vereador Daniel Guerra/PSDB, além das drogas, a falta de creches e infraestrutura geral prejudica aquele bairro. O vereador Rodrigo Beltrão/PT pediu maior mobilização da sociedade.

Além da presidente Ana, fazem parte da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente os vereadores Daniel Guerra/PSDB, Denise Pessôa/PT, Gustavo Toigo/PDT e Renato Nunes/PRB. Os parlamentares Mauro Pereira/PMDB, Renato Oliveira/PCdoB e Toigo também prestigiaram a reunião de hoje.

11/06/2012 - 18:19
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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