A segurança pública, na esfera do sistema penitenciário, recebeu a análise dos vereadores, na sessão ordinária desta quinta-feira (23/05). Os parlamentares, que se manifestaram no espaço, acreditam que o modelo prisional executado no país está falido. Para eles, as penitenciárias não recuperam o infrator, muitas vezes, especializando o apenado em outros delitos. Os vereadores que compõem a Comissão de Direitos Humanos,Cidadania e Segurança (CDHCS) irão visitar a Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (PICS) nesta quinta-feira, às 14h.

Presidente daquela comissão, o vereador Renato Nunes/PRB relatou que a iniciativa visa a conferir melhorias e reformas na penitenciária de Caxias do Sul, apresentadas pelo diretor do órgão, Antônio Severo, em audiência pública da CDHCS, em 11 de abril passado. Nunes convocou todos os parlamentares a comparecerem à visita. Ressaltou que a penitenciária já foi considerada a pior do estado, mas que, atualmente, o local possui escola, consultório odontológico e setor feminino reformado. Ele acredita que o infrator deve trabalhar na penitenciária, como forma de reinserção no mercado econômico, após cumprir a pena.

Para o vereador Francisco Spiandorello/PSDB, o estado deve copiar o modelo de privatização das penitenciárias do Paraná. Relatou que, no caso, a administração das penas ficaria sob a responsabilidade do poder judiciário estadual, enquanto a gestão do presídio caberia a uma empresa privada. Lamentou, também, que o presídio central do Rio Grande do Sul seja considerado o pior do país.

O vereador Gustavo Toigo/PDT concedeu destaque aos pronunciamentos do secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels, que admitiu a possibilidade de uma parceria entre o órgão publico e uma empresa contratada, para a operacionalização das prisões gaúchas. O pedetista reiterou que as penitenciárias devem cumprir a função de recuperar o cidadão. Seguindo a mesma linha, o peemedebista Alaor de Oliveira lembrou que, inclusive, a família do apenado sofre discriminação da sociedade.