O trabalho do vereador Rodrigo Beltrão/PT, à frente da comissão processante que analisou a quebra de decoro do ex-vereador Harty Moisés Paese/PDT, esteve na pauta da sessão ordinária desta terça-feira (15). Desde a tribuna, ele se defendeu em relação ao desentendimento que teve com o vereador Pedro Incerti/PDT, momentos antes do início da plenária da última quinta-feira.

Hoje, à tarde, a bancada petista protocolou ofício à Comissão de Ética da Casa, presidida pelo vereador Guiovane Maria/PT. O texto, que será lido no início do expediente da sessão de amanhã, pede que a comissão analise suposta quebra de decoro parlamentar de Incerti. A bancada do PDT pediu a mesma providência à comissão, em relação a suposto desvio ético de Beltrão.

Segundo o petista, às 11h da última quinta-feira, deparou com relatório, de Incerti, em que não havia conclusão definitiva. Para Beltrão, o texto do pedetista enfatizava a própria opinião pelo arquivamento. Atentou que, na comissão processante, junto com Geni, ele, como presidente, havia votado pela procedência da quebra de decoro de Paese, configurando o placar de dois votos favoráveis pelo envio do assunto ao plenário. Ressaltou, também, que, com base no artigo 47 do Regimento Interno da Casa, entendeu como necessário avocar para si a função de relator, destituindo Incerti dessa função.

A Câmara está formulando um agravo para recorrer da liminar que suspendeu a sessão de julgamento por quebra de decoro parlamentar do ex-vereador Paese, que estava prevista para ontem. Na sexta-feira passada, o Legislativo caxiense acatou decisão da juíza de direito Maria Aline Vieira Fonseca, da 2ª Vara Civil, que deferiu o pedido de suspensão da defesa do ex-vereador.

Paese responde por quebra de decoro parlamentar, devido à apresentação de atestados médicos falsos, para justificar ausências nas plenárias de 21, 22 e 28 de junho e 5 de julho de 2011. Ele já devolveu a quantia decorrente daquelas faltas, através de cheque, no valor de R$ 1.870,97.

No início deste mês, a comissão processante, que analisava o caso, decidiu pela procedência da acusação por quebra de decoro, feita pela Mesa Diretora do ano passado, então presidida pelo vereador Marcos Daneluz/PT.