O serviço de cadastramento de usuários de crack, empreendido pela prefeitura municipal e órgãos de segurança pública, recebeu o apoio de vereadores, na sessão ordinária desta quinta-feira (19). O vereador Mauro Pereira/PMDB foi o primeiro a trazer o assunto à tona. Contou que, hoje, no bairro 1º de Maio, o Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Serra flagrou casa que servia de fachada para uma das 14 cracolândias já mapeadas pela Brigada Militar.

O peemedebista afirmou que casal armazenava 202 pedras de crack. Também foram apreendidos 43 pares de brincos, celulares, um notebook e R$ 1,6 mil, em dinheiro.

Para Mauro, o cadastramento auxilia na assistência social aos usuários. Disse que, ontem, em cerimônia, conheceu os três policiais que começaram a trabalhar nos bairros Petrópolis e Presidente Vargas, no policiamento comunitário.

Na mesma linha, o vereador Gustavo Toigo/PDT também relatou ter constatado operação da equipe de mapeamento, que pegou indivíduo portando crack. A ação ocorreu hoje, no bairro Santa Catarina. Salientou o fato de a Secretaria da Saúde, a Fundação de Assistência Social e a Guarda Municipal estarem envolvidas na iniciativa. Para ele, a segurança e a saúde públicas precisam frear o consumo de drogas entre os jovens.

Por outro lado, o vereador Guiovane Maria/PT considerou o cadastramento absurdo. Sustentou que, além de usuários, existe o risco de que traficantes se cadastrem. Questionou o porquê de a cocaína não integrar o programa. Conforme a vereadora Ana Corso/PT, já existe política nacional de combate ao crack. Citou que, neste momento, o estado está recebendo recursos federais da ordem de R$ 136 milhões para essa finalidade.

Enquanto isso, o vereador Vinicius Ribeiro/PDT apontou para o sofrimento das famílias de dependentes químicos. O vereador Alaor de Oliveira/PMDB citou recente homenagem recebida pelo secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, Roberto Soares Louzada. O vereador Edson da Rosa/PMDB apoiou o projeto.