A liberação do corte de cerca de 6,5 mil araucárias, localizadas em 215 hectares que devem ser alagados para a formação da barragem Marrecas, no distrito caxiense de Vila Seca, foi comemorada pelos vereadores, durante a sessão ordinária da comissão representativa desta terça-feira (17). A decisão foi tomada na tarde de hoje, pela 4ª turma do Tribunal Regional Federal (TRF-4), em Porto Alegre. O corte das árvores estava embargado desde março de 2011, devido a questionamentos movidos judicialmente, por organizações não governamentais, de ordem ambiental.

Para o vereador Vinicius Ribeiro/PDT, a liberação da obra representa uma vitória para Caxias do Sul. Talvez hoje não consigamos mensurar a importância da decisão do tribunal, comentou ele, em referência ao valor da obra a longo prazo, já que esta deverá beneficiar em torno de 250 mil pessoas, com abastecimento de água, nos próximos 20 anos. O sistema já recebeu investimentos de cerca de R$ 200 milhões. O custeio final poderá somar R$ 220 milhões.

O vereador Francisco Spiandorello/PSDB destacou a implantação do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) em Caxias, há cerca de 40 anos, órgão responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos na cidade. O tucano lembrou que o município depende de grandes barragens para o abastecimento de água, por não dispor de nenhum grande rio por perto. Opinião da qual compartilhou o vereador Alaor de Oliveira/PMDB.

A obra apresenta semelhança com a represa do Faxinal, como expressou o vereador Pedro Incerti/PDT, já que, segundo ele, logo adiante, haverá uma compensação no replantio e preservação da mata nativa no entorno do Marrecas, a exemplo da outra barragem.

O vereador Mauro Pereira/PMDB, que esteve presente à audiência, juntamente com o vereador Gustavo Toigo/PDT, enfatizou o papel dos representantes do município na reunião que, conforme Mauro, levantaram informações referentes a projetos aprovados no Legislativo Caxiense, desde 1976.

Na mesma linha, os vereadores Geni Peteffi/PMDB (presidente da Casa) e Felipe Gremelmaier/PMDB enfatizaram que a conquista também se deve ao esforço do governo municipal. Geni aproveitou para ressaltar a participação da Câmara, nas decisões ligadas ao Sistema Marrecas.

Para o vereador Marcos Daneluz/PT, o trabalho da oposição não pode parar. Vamos fiscalizar onde vai ser feita a compensação, para onde vai essa madeira. Nosso papel continua muito forte aqui, defendeu. Daneluz afirmou, também, que sempre acreditou na continuidade da obra.