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Vereadores discutem sobre a saúde caxiense

Privatizações e greves foram tema de debate


A audiência pública da Assembleia Legislativa, que tratou da situação da saúde no município, foi o ponto central do espaço de discussão, na sessão ordinária desta terça-feira (23). O vereador Rodrigo Beltrão/PT trouxe o assunto à tona, ao se posicionar contra a terceirização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que poderá ir à votação, na próxima terça-feira.

De acordo com Beltrão, estudos apontam um crescimento constante da cidade, nos próximos anos, o que gera demanda para o sistema de saúde, não sendo recomendada a privatização. Os vereadores Ana Corso/PT, Guiovane Maria/PT e Denise Pessôa/PT também expressaram preocupação com o descaso do município. É mais barato conceder o abono pedido pelos grevistas do que terceirizar 22 leitos para o sistema de saúde particular, sustentou Ana. Juntamente com a vereadora, Beltrão sugeriu que seja concedido um percentual menor para os médicos em greve, que sinalize a vontade do governo municipal de negociar o fim da greve.

Em contrapartida, Mauro Pereira/PMDB lembrou que, de acordo com a lei, caso sejam concedidas as reivindicações, o mesmo valor teria de ser repassado para todas as áreas do serviço público. Na mesma linha, o vereador Ari Dallegrave/PMDB reforçou que a questão deva ser tratada como um todo, não sendo dado o foco apenas a um problema, como a greve dos médicos, e que a população necessita do atendimento médico, seja terceirizado ou não.

Na sequência, o vereador Gustavo Toigo/PDT ressaltou que o investimento em saúde é insuficiente. O governo estadual deveria repassar 12% líquidos para o município, o que não acontece hoje, um porcentual que se torna 3,7 bilhões de reais, quando colocado em números, disse.

Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, o vereador Renato Oliveira/PCdoB disse acreditar que o problema crucial do SAMU passa pela falta de profissionais. Frente à possibilidade de privatizar os serviços do setor, sustentou que o SAMU continue sendo do povo. Estamos torcendo que a saúde funcione, independendo do governo, defendeu.

O presidente do Legislativo, Marcos Daneluz, defendeu, mais uma vez, a possibilidade de que seja realizado novo concurso para contratar médicos e readequá-los a um novo padrão. Ele se posicionou contrariamente à ideia do abono salarial, já que, pra ele, essa medida estaria fazendo diferença entre os médicos e os demais servidores públicos.

Quanto ao SAMU, Daneluz pediu ao Executivo que repense o assunto, com a finalidade de buscar outra solução, ao invés da privatização. Ele encontrou apoio na fala do vereador Elói Frizzo/PSB, que vê o abono como a pior saída possível, para a greve.

Para Frizzo, é uma decisão duvidosa do ponto de vista legal, não resolve o problema e coloca os médicos em uma posição diferente dos demais servidores. Sugeriu, então, a criação de uma comissão de negociação que, de acordo com ele, encontrará amparo na Casa.

23/08/2011 - 20:51
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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