Presidente da Câmara Municipal em 2017, o vereador Felipe Gremelmaier/MDB teve como chefe da Comunicação do Legislativo o jornalista Paulo Renato Marques Cancian.

Quatro anos depois, o parlamentar discursou emocionado na solenidade de descerramento da placa em homenagem ao falecido comunicador, que agora está eternizado como nome da Sala de Imprensa do Plenário Deputado Nadyr Rossetti. O ato foi na noite de quarta-feira (29/09).

“Quando convidei, e ele aceitou chefiar a Comunicação da Câmara, eu disse que era o momento de aprender com o Cancian, pessoa que se preocupava mais com os outros do que com ela mesma. Paulo Cancian é uma referência para a imprensa do Brasil e deixou um legado de amor pela Câmara, onde o respeito por todos os partidos tornou ainda mais evidente o trabalho dele”, declarou Felipe Gremelmaier, classificando o jornalista e amigo como “um gigante cara do bem”.

O parlamentar destacou a preocupação de Paulo Cancian com a transparência legislativa. Ressaltou que, no ano em que presidiu a Casa e Cancian chefiou a Comunicação, foi criado o Parlavox, ferramenta que possibilita ao público e à imprensa acesso a todas as manifestações de vereadores em plenário.

Felipe Gremelmaier lembrou do trabalho do jornalista nos jornais Pioneiro, Folha de Hoje, Tempo Todo, na Rádio Caxias, e de sua dedicação ao esporte, à Festa da Uva e a várias entidades e instituições.

Dirigindo-se à viúva Justina, à filha Tassiana, aos netos e aos irmãos de Paulo Cancian, o vereador ressaltou a dedicação do homenageado à família, as oportunidades que dava a jornalistas e o carinho com as pessoas.

A placa de Paulo Renato Marques Cancian está afixada no lado de fora da Sala de Imprensa do Legislativo, no plenário. Além de um breve perfil, traz um relato do comunicador sobre a Câmara Municipal:

“Durante décadas, frequentei o Legislativo. Dele, guardo lembranças de trabalho, de amizades e de homens públicos honrados. Tive a graça de registrar falas de tribunos memoráveis. Convivi em meio ao antagonismo, existente entre a corporação política e o exercício do jornalismo engajado. Mas, nos identificávamos como defensores da plataforma comum: a garantia da liberdade de expressão. Mencionar isso hoje, com a hemorragia de liberdade encontrada nas redes sociais, parece não fazer sentido. Porém, nós queríamos o direito à informação; eles, o de manifestação, pelo mandato que exerciam”.

Paulo Cancian escreveu o texto no livro “Democracia, memória e cidadania”.