A aceleração do processo de vacinação da população caxiense pautou o grande expediente da vereadora Denise Pessôa/PT, na primeira sessão ordinária da XVIII Legislatura (2021-2024), nesta terça-feira (02/02). Ela considerou muito breve o discurso do prefeito Adiló Didomenico, que oficializou a abertura do ano Legislativo de 2021, no início da plenária de hoje. Lamentou o fato de o chefe do Executivo não ter citado a vacinação contra o novo Coronavírus (Covid-19). Na ótica dela, a prioridade é imunizar toda a população.

Denise enfatizou que, no Brasil, a Covid-19 já causou mais de 220 mil óbitos, sem que haja uma vacinação ostensiva da cidadania. A parlamentar estimou que, pelo ritmo atual, a imunização completa, em território nacional, poderá levar até três anos e cinco meses, o que, para ela, prejudicaria, ainda mais, a economia e a saúde.

Críticas ao governo federal também receberam atenção da vereadora. Destacou que as ações do governo de Jair Bolsonaro são muito tímidas em relação à vacinação e que levam a mais mortes, a cada dia. A parlamentar afirmou que não existe vacina sobrando e que, por essa razão, o governo não deve liberar a compra de vacinas pela iniciativa privada, pois isso, para ela, seria outra maneira de furar a fila da imunização.

De acordo com Denise, existe uma fila do Sistema Único de Saúde (SUS), organizada por prioridade. “A vacinação tem que ser pensada como algo coletivo, não é individual. A vacina impede que o vírus se prolifere”, alertou. Também citou a experiência de Israel, país que, até o momento, imunizou 50% da sua população.

Para a petista, Caxias do Sul precisa pensar em alternativas. Citou que, por enquanto, foram vacinadas 7.613 pessoas na cidade, em 13 dias, resultando em 586 pessoas por dia. Conforme a vereadora, se o município continuar com essa média, serão necessários quase dois anos para vacinar toda a população caxiense, considerando uma só dose da vacina.

A vereadora Denise apontou, ainda, que a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), na Casa, vai apresentar uma indicação ao Executivo, para que estude a possibilidade da compra de vacinas, em parceria com outras cidades, por meio de consórcio. Sustentou não ser possível confiar no governo federal, para realizar a compra e a distribuição de imunizantes a estados e municípios.