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Engenheiro da Secretaria Estadual da Saúde diz que água de Caxias não tem agrotóxicos

A afirmação de Luciano Barros Zini foi feita da tribuna do Legislativo, nesta terça-feira (25/06), durante a audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA)


Engenheiro químico do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS) e especialista em Saúde disse, em audiência pública na Câmara, que a “água de Caxias do Sul não tem agrotóxicos”. Da tribuna do Legislativo, nesta terça-feira (25/06), durante encontro promovido pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (CSMA), Luciano Barros Zini fez essa afirmação, buscando tranquilizar a comunidade caxiense, diante de matérias veiculadas na imprensa nacional e local, indicando o contrário.

A reunião partiu de sugestão da vereadora Gladis Frizzo/MDB e foi conduzida pelo presidente da CSMA, parlamentar Renato Oliveira/PCdoB. A partir da pergunta “Você bebe agrotóxicos?”, o grupo parlamentar mobilizou cerca de 60 pessoas para tratar sobre a revisão do padrão nacional da potabilidade da água servida à população. Entre os presentes: comunidade em geral, autoridades e especialistas da área.

Conforme Zini, além de fiscalização pelos órgãos competentes, são feitas pesquisas regulares e por amostras (em 2018, no Estado, foram feitas 200 coletas e remetidas para análise na Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, no Rio de Janeiro), e os resultados asseguram a qualidade da água do município. Entretanto, ele avalia como positiva a discussão em torno do tema, destacando a necessidade de uso adequado de agroquímicos. “É assunto que deve ser debatido, não no sentido de criminalizar o setor da agricultura, mas buscando o equilíbrio para não colocar em risco a saúde da população”, explica.

Dando sequência às explanações, se manifestou o gerente de Tratamento de Água do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), engenheiro ambiental Tiago Marcon. Segundo ele, a altitude e o trabalho de preservação dos mananciais, assegurado principalmente pela legislação que define as zonas de águas no município, contribuem para evitar que haja contaminação por agrotóxicos.

Ex-diretor do Samae, o parlamentar Edio Elói Frizzo/PSB disse que ficou surpreso com notícias, sugerindo a existência de agrotóxicos nas águas caxienses. Elogiou o empenho das equipes técnicas do Samae. O petebista Adiló Didomenico também disse que confia no trabalho e consome a  água fornecida pela autarquia.

Preocupada com as informações que tem recebido, vereadora Gladis entende que o debate e os esclarecimentos à população precisam ocorrer permanentemente. Além disso, ela defendeu a preservação e a conscientização das pessoas em torno do uso da água, para que não falte para as futuras gerações. O pedetista Rafael Bueno também demonstrou preocupação com as notícias e a possibilidade de haver agrotóxico na água que a comunidade bebe. Ele avalia que é necessário adotar iniciativas mais intensas em torno da preservação do meio ambiente como um todo.  

Ligado à agricultura, o vereador Velocino Uez/PDT relata que, cada vez mais, os produtores rurais estão tendo cuidado com a utilização de agroquímicos. Diz ele que o zelo é constante, principalmente por conta da rastreabilidade dos produtos e da responsabilidade de cultivar alimentos saudáveis para as pessoas.

Na visão da parlamentar Paula Ioris/PSDB, o equilíbrio e a prevenção são fundamentais, ao lado da proteção na hora de os agricultores aplicarem os agrotóxicos e da preservação dos recursos hídricos. A vereadora Denise Pessôa/PT salientou os benefícios dos alimentos orgânicos e sugeriu ampliar as discussões em torno da possibilidade de proibir o uso de agrotóxicos em área de bacia de captação. Cidadão Emérito e integrante da Rede Ecovida de Agroecologia, da plateia, o engenheiro Orlando Michelli também se posicionou na defesa dos alimentos mais ecológicos e, na sua ótica, a água é um bem comum, mas alertou: “desde 1970, a água que nos rodeia está contaminada, não sei se é pouco ou muito, mas o veneno mata”.

Bióloga e doutora em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Vania Elisabete Schneider foi uma das participantes da audiência que pediram a palavra.  Ela elogiou a Câmara por abordar o assunto e destacou vários vieses necessários para se ampliar a preservação ambiental, incluindo, por exemplo, evitar conservantes. Na questão hídrica local, ela observa que os sistemas de tratamento são convencionais e não conseguem eliminar os agroquímicos. Porém, uma alternativa é evitar que cheguem às bacias de captação. Portanto, orienta os vereadores e a comunidade a não esquecerem dessa abordagem no projeto do Plano Diretor em trâmite na Casa..

Além do vereador-presidente Renato Oliveira/PCdoB, fazem parte da CSMA os parlamentares Felipe Gremelmaier/MDB, Paula Ioris/PSDB, Rafael Bueno/PDT e Tatiane Frizzo/SD. Em vídeo, na íntegra, a audiência pública pode ser acompanhada pela fanpage da Câmara ou clicando AQUI.  

 

25/06/2019 - 23:56
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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