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Comunidade Down lança mascote na Tribuna da Câmara e divulga ações em Caxias

Representante do grupo, a psicóloga Tania Rocha agradeceu aos vereadores pelo apoio constante


O Super XXI ficou conhecido a partir da Tribuna Livre do Parlamento caxiense, nesta quarta-feira (13/03), quando a psicóloga Tania Rocha o apresentou como mascote da Comunidade Down de Caxias do Sul. À frente do grupo na cidade, Tania explicou que a imagem de um menino com uma capa nas costas foi criada pelo ilustrador Fredy Varela e será uma das marcas de identificação da comunidade daqui para frente. Quem tem interesse em adquirir a miniatura do mascote ao custo de R$ 40 pode encomendar para a própria Tania, pelo fone (54) 99971.3913.

A presidente da Comunidade Down Caxias também convidou as pessoas a se integrarem às Semanas Municipal e Estadual de Conscientização sobre a Síndrome Down. No caso da 3ª Semana Estadual, vai de 21 a 28 de março de 2019. No âmbito local, a semana é estabelecida pela lei 8.235/2017 e deve coincidir com a data de 21 de março, que é Dia Internacional da Síndrome de Down.

A dirigente ainda prestou agradecimentos a segmentos da sociedade e aos vereadores, por prestarem apoio constante à causa Down. Também disse que a comunidade Down se sente grata pela sanção da lei complementar nº 578, pelo prefeito Daniel Guerra/PRB. Essa legislação partiu de um projeto do ex-vereador Adriano Bressan/MDB, que foi aprovado por unanimidade no Legislativo. Ela acrescenta artigos ao Código de Posturas do Município e obriga hospitais de Caxias do Sul a registrarem e comunicarem o nascimento de bebês com Síndrome de Down a instituições, entidades e associações especializadas no atendimento a pessoas com deficiência. Essa comunicação fica condicionada ao preenchimento de um termo de consentimento por parte do responsável legal da criança.

O texto prevê advertência por escrito, em caso de descumprimento, pagamento de multa no valor de 200 (duzentos) Valores de Referência Municipal (VRMs) e, em caso de reincidência, no valor de 400 VRMs. Atualmente, cada VRM custa R$ 33,64. Os hospitais terão o prazo de 90 dias para se adequarem à nova legislação.

O propósito é garantir apoio, acompanhamento e intervenção com profissionais capacitados, com vistas à estimulação precoce; permitir o amparo aos pais; garantir atendimento por intermédio de aconselhamento genético, para ajudar a criança com Down e sua família; impedir diagnóstico tardio; afastar o estímulo tardio, assegurando mais influências positivas no desempenho e no potencial dos primeiros anos de vida; garantir condições reais de socialização, inclusão, inserção social e geração de oportunidades.

“O comunicado do nascimento deve ser imediato. O número de nascimentos de crianças com a síndrome vai possibilitar que se execute na cidade uma política de atendimento mais justa. Por isso, aos pais, digo para ficarem felizes, pois continuarão tendo poder de decisão, mas essas informações vão permitir que as pessoas com síndrome de down sejam tratadas como cidadãs”, ressaltou Tania, convidando seu filho, Matheus Rocha, a entregar um kit bebê à Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara. No comando desse grupo, o vereador Renato Oliveira/PCdoB recebeu o kit, que será entregue ao primeiro bebê down que nascer sob vigência da lei complementar nº 578.

De acordo com a psicóloga, a síndrome de down é mais comum do que se imagina. No Brasil, segundo a dirigente, há meio milhão de pessoas com down, o que equivale, em termos de população, a uma cidade do porte de Caxias. A Síndrome de Down é uma alteração genética causada pela presença de um cromossomo a mais (o par 21). Por isso, também é chamada de trissomia 21 e não deve ser tratada como doença. É preciso olhar para as pessoas além das características da síndrome, ensina Tania.

Quase no término da Tribuna Livre de hoje, um vídeo foi apresentado valorizando as potencialidades de quem tem a síndrome. Entre as imagens e vozes, depoimentos emocionados de mães e de crianças e jovens da Comunidade Down de Caxias. Por fim, um espaço do tempo de manifestação foi concedido por Tania para a presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Caxias do Sul, Fátima Randon, que também externou gratidão a apoiadores da causa down e à sociedade.

13/03/2019 - 10:53
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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