Os vereadores caxienses analisam em plenário, nesta semana, o projeto de lei complementar 16/2018, que pretende retirar exigências de tamanho de publicidade usada nos estádios do Caxias e do Juventude. De autoria do vereador Paulo Périco/MDB, a proposta que mexe na lei complementar nº 412 passou em primeira discussão nesta terça-feira (23/10) e retornará ao plenário para segunda discussão e votação final.

O PLC 16/2018 procura acrescentar parágrafo ao artigo 20 da lei complementar nº 412, de 12 de junho de 2012. Esse artigo integra o capítulo V dessa lei, o qual trata dos veículos em edificações. Tanto o enunciado do artigo 20 quanto seus dois primeiros parágrafos estabelecem dimensões específicas que podem ser usadas para veículos de divulgação. A proposta do vereador Paulo Périco/MDB é excetuar dessas exigências os veículos de divulgação localizados no Estádio Alfredo Jaconi (Esporte Clube Juventude) e no Estádio Francisco Stédile (SER Caxias).

Na exposição de motivos, o emedebista observa que o esporte no Brasil, em especial o futebol, precisa de patrocínio para sobreviver. Segundo Périco, é difícil encontrar alguma equipe que não seja patrocinada por alguma empresa ou marca. Até os esportes individuais não vivem sem os patrocínios, acrescenta. Diante disso, o parlamentar decidiu apresentar tal matéria no âmbito de Caxias do Sul.

“Os clubes de pequeno e médio porte não conseguem mais sobreviver apenas com a arrecadação das bilheterias dos jogos. Na atual crise, é preciso criar projetos, estabelecer parcerias para diminuir os custos financeiros. As fontes de receitas que as empresas do esporte possuem são as mais diversas possíveis e irrisórias, razão pela qual se faz necessário oportunizar a venda de espaços na fachada do campo para que o esporte possa sobreviver”, defende o parlamentar.

O vereador destaca, ainda, a relevância do setor esportivo no contexto atual, tanto no aspecto econômico, quanto social, tributário, de geração de emprego e renda, cultural, entre outros. Conforme o parlamentar, o esporte é encarado no Brasil e no mundo como um forte elo entre os povos, as culturas e os setores econômicos. Por essa especificidade, o futebol, exemplifica Périco, se interliga com a comunicação, através do marketing e da publicidade, e essas relações são vitais para que o esporte se sustente da maneira que é até hoje e continue evoluindo.

“A propaganda está em todo lugar. A todo o momento, as pessoas se veem cercadas de marcas e objetos que, de certa forma, incentivam a compra ou o desejo por produtos ou serviços. E, no futebol, não poderia ser diferente. O futebol, esporte mais famoso do Brasil, não é mais visto como um simples esporte, mas como uma grande ferramenta de marketing. A cada dia, aparecem novas formas de mídias e é imprescindível para as empresas investirem em propaganda explorando os estádios de futebol”, conclui o emedebista.