Voltar para a tela anterior.

Adiló critica uso de suas indicações por secretário

Vereador também falou sobre manobras de políticos para se manterem no poder em Brasília


O vereador Adiló Didomenico/PTB tratou de dois assuntos no grande expediente desta quinta-feira (17/08) na Câmara Municipal. Iniciou o pronunciamento esclarecendo que suas indicações ao Executivo sobre policiamento comunitário foram citadas inadequadamente quarta-feira em audiência pública. O outro tema levado ao plenário foi sobre a manobra de deputados federais para se perpetuarem no poder.

Na avaliação do petebista, o secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, José Francisco Mallmann, não abordou com fidelidade suas indicações sobre PMs do policiamento comunitário apresentarem relatório de suas atividades. Na audiência pública da noite de quarta-feira, Mallmann colocou esse procedimento como uma das condições para manutenção do modelo de segurança, citando Adiló Didomenico.

O vereador reconhece que fez duas indicações, uma ao Governo Alceu e outra ao Governo Guerra, para haver relatório mensal sobre uso de viaturas da Brigada Militar. O argumento para solicitação é que a prefeitura fornece aluguel a PMs e combustível para os veículos da corporação. Porém, o pedido não inclui controle de ações e de serviços prestados pelos policiais militares, como propõe o secretário de Segurança. Adiló Didomenico frisou que sua iniciativa não pode ser usada pelo Executivo como pretexto para acabar com o policiamento comunitário.

Em aparte, Alceu Thomé/PTB disse concordar com o uso de GPS para monitorar viaturas, exemplificando a eficiência do sistema nos veículos da Feira do Agricultor. Também em aparte, Paula Ioris/PSDB declarou ser testemunha de que Adiló sempre fez sugestões construtivas ao policiamento. A parlamentar avaliou que a proposta do secretário burocratizaria a segurança, atrapalhando o serviço.

Edson da Rosa/PMDB acrescentou que cabe à BM e não ao Município controlar uso de viaturas e ações de PMs, e que o plano apresentado por José Francisco Mallmann causa mal estar no comando da Brigada Militar. O peemedebista avalia que o secretário não usou adequadamente as indicações de Adiló no encontro de quarta-feira.

O socialista Elói Frizzo criticou a postura do secretário de Segurança, que em público reconheceu haver serviço municipal de inteligência. Na opinião de Frizzo, a primeira ação desse grupo já foi um fracasso. O vereador se referiu ao fato de a prefeitura ter fechado seu  estacionamento e montado esquema com guardas municipais e caminhão-pipa do Samae à espera de manifestação que não aconteceu, na manhã de terça-feira.

Após discursar sobre policiamento comunitário, Adiló Didomenico trouxe o tema nacional. Destacou que os deputados federais continuam ensaiando manobras para se perpetuarem no poder e manter fórum privilegiado. Como exemplo, citou a proposta que visa redução de 10% nos salários dos parlamentares, mas por outro lado cria um “bolsa-eleição” de R$ 3,6 bilhões anuais para campanha eleitoral.

O petebista lembrou que os deputados federais têm cotas e outros auxílios financeiros. Assim, não basta reduzir 10% apenas do salário. O vereador observou que os deputados já custam R$ 1 bilhão por ano e agora querem mais R$ 3,6 bilhões. Além disso, outro movimento visando à campanha seria colocar no anonimato pessoas físicas doadoras de dinheiro.

Em apartes, Rafael Bueno/PDT e Elói Frizzo criticaram manobras de parlamentares federais para usarem dinheiro público.

O vereador Adiló Didomenico também falou sobre um fato que nesta semana lhe chamou atenção: em uma palestra, o presidente Michel Temer/PMDB falando com uma placa do banco Santander em sua frente. Para Adiló, a cena causa estranheza, já que esperava-se que a placa fosse do brasão da República.  

17/08/2017 - 11:58
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

Ir para o topo