O diretor do 1º Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato), Antônio Staudt, pediu compreensão e apoio da comunidade e dos parlamentares de Caxias do Sul para a atual greve dos professores estaduais, deflagrada na última terça-feira (1º/08). Na sessão ordinária do Legislativo desta quinta-feira (03/08), em espaço autorizado por acordo de líderes, Staudt explicou que a paralisação foi decidida após a categoria ter recebido apenas R$ 650 como primeira parcela do salário de julho.

Com base no tema “A situação atual da educação: diagnóstico e perspectivas”, o docente informou que a greve é por tempo indeterminado e ela busca não apenas reivindicar melhor remuneração aos professores, mas também “denunciar o ataque ao serviço público que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul e tem feito a população sofrer”.

De acordo com o dirigente, até o momento, em Caxias do Sul, nove escolas estaduais estão totalmente paradas, além de outras que se encontram em greve parcial. Staudt disse que a categoria está satisfeita com a adesão de Caxias. “Esse movimento cresce porque não é somente os servidores que estão pagando pelas atuais dificuldades do Estado, mas sim toda a comunidade. A greve é para denunciar o ataque ao serviço público, mesmo que já tenhamos apresentado ao Estado alternativas para auxiliar, como a proposta de coibir a sonegação fiscal e a busca de ressarcimento das perdas da Lei Kandir. Queremos prestar um serviço público de qualidade às pessoas, mas, para isso, precisamos ter, ao menos, o salário em dia”, reivindicou.