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Comissão de Saúde sai insatisfeita de reunião com prefeito

Presidente Renato Oliveira avalia que Daniel Guerra se contradisse e não apresentou soluções


Contradições do prefeito Daniel Guerra/PRB marcaram a reunião entre o chefe do Executivo e a Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo para tratar da greve dos médicos. A avaliação foi feita pelo vereador Renato Oliveira/PCdoB, presidente da Comissão, ao final do encontro ocorrido nesta segunda-feira (17/07) no salão nobre do Centro Administrativo.

Conforme o parlamentar, no começo da greve, que hoje completa três meses, o prefeito considerava o movimento legal. Porém, agora discorda da postura dos profissionais. Além disso, embora Daniel Guerra afirme que 10% dos médicos estão paralisados, a lotação do Pronto-atendimento 24 Horas e a falta desses profissionais nas UBSs mostram outra realidade, segundo Renato Oliveira.

Outra contradição apontada pelo presidente da Comissão se refere ao projeto de lei de autoria do Executivo prevendo redução opcional de 20 para 12 horas semanais na carga horária dos médicos. O vereador explica que, ao mesmo tempo em que propõe menos trabalho, o prefeito fala em contratar mais médicos com carga de 40 horas semanais.

O parlamentar esperava que a prefeitura apresentasse solução para a greve na reunião desta segunda-feira. Foi a primeira vez que Daniel Guerra recebeu a Comissão, que na semana passada tomou a iniciativa de protocolar pedido de agendamento no Executivo.

Outro tema debatido foi a insuficiência de verba estadual e municipal ao Hospital Geral (HG). De acordo com Renato Oliveira, Daniel Guerra convidou a Comissão para participar de reunião com o governo estadual na qual será discutida liberação de repasse. A posição do Executivo é de, enquanto o Estado não liberar mais dinheiro ao HG, o Município também não o fará.

Ao final do encontro desta segunda-feira, Daniel Guerra não falou com a imprensa, que não pôde acompanhar o encontro no salão nobre. Explicações foram dadas pela secretária da Saúde, Deysi Piovesan. Conforme Deysi, Daniel Guerra e os procuradores do Município esclareceram todas as dúvidas dos vereadores.

Para explicar os problemas no Postão 24 Horas e nas UBSs, a secretária usou a crise financeira, que gera desemprego e consequentemente mais usuários do SUS, e a chegada do inverno, que causa mais doenças respiratórias. Disse também que governos anteriores usavam medidas paliativas para resolver problemas de saúde.

Segundo Deysi isso não será feito pela atual gestão, que aposta na aprovação da lei que prevê 40 horas para médicos, enfermeiros e dentistas. Ela também cita como ação o  investimento no programa Saúde da Família, que prevê qualificação de profissionais. A secretária considerou inconcebível aumento salarial aos médicos, devido à crise econômica. 

Além do presidente da Comissão de Saúde, participaram do encontro desta segunda-feira os demais integrantes, Alberto Meneguzzi/PSB, Paula Ioris/PSDB, Rafael Bueno/PDT e Renato Nunes/PR. O líder do governo no Legislativo, Chico Guerra/PRB, esteve presente, assim como membros do primeiro escalão do Executivo.

 

 

 

 

17/07/2017 - 19:25
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Clever Moreira - 8697

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