Medidas de segurança e o adiamento da Festa da Uva, esta de 2018 para 2019, predominaram durante as declarações de lideranças de bancadas partidárias da Câmara, na sessão ordinária desta terça-feira (16/05). Presidente da Comissão Temporária Especial para o Enfrentamento da Violência, a vereadora Paula Ioris/PSDB foi a primeira a ir à tribuna, de onde destacou o seminário de ontem, organizado pelo grupo parlamentar. Também no plenário da Casa, a comissão discutiu a temática: “Segurança Somos Todos Nós – Caminhos para Enfrentar a Violência em Caxias do Sul”.

A vereadora Paula retomou os eixos pelos quais a comissão vem se pautando: integração das forças de segurança, participação da sociedade civil e ações de prevenção. Contou que, na semana passada, o grupo parlamentar esteve em Porto Alegre, em reunião, na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). “O objetivo consistiu em pleitear novas vagas prisionais, tornozeleiras. Soubemos que há verba, mas que falta fixar prazos”, explicou a parlamentar.

Em seguida, o vereador Adiló Didomenico/PTB cobrou participação mais efetiva da Prefeitura, nos debates sobre segurança pública. Para o vereador Edson da Rosa/PMDB, o combate à violência passa pela ocupação de espaços, pela comunidade, a partir da noção de pertencimento. O vereador Arlindo Bandeira/PP atentou para a necessidade de vizinhos se integrarem.

Enquanto isso, o vereador Velocino Uez/PDT ponderou que a Festa da Uva, prevista para o ano que vem, não deveria ter sido adiada para 2019. Na ótica do pedetista, o evento poderia acontecer, inclusive, em menores proporções. Considerou incoerente o cancelamento diante da uma das melhores safras de uva da história. Garantiu que o cultivo da fruta sustenta 80% das famílias agrícolas locais.

Segundo o vereador Rafael Bueno/PDT, ao abrir mão do evento, a Prefeitura de Caxias do Sul deixa de arrecadar R$ 5 milhões do Ministério da Cultura, os quais já estariam destinados para a festividade, em 2018. O vereador Ricardo Daneluz/PDT recordou que, em 2016, a atração consolidou a distribuição de 184 toneladas de uva.

Na parte final do espaço, o vereador Renato Oliveira/PCdoB, que preside a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, lamentou o prosseguimento da greve de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) local. Criticou o déficit de especialistas. O vereador Rodrigo Beltrão/PT ponderou para o sofrimento da população, na falta de consultas.