A demora do Poder Executivo em responder pedido encaminhado pelo vereador (mais de 30 dias) sobre existência de área que pudesse receber investimentos da União para construção de um dos seis presídios de segurança máxima, gerando 400 empregos em Caxias do Sul, foi motivo de críticas de autoria do vereador Flávio Cassina/PTB no Grande Expediente da Sessão Ordinária desta terça-feira (21). Em sua fala Cassina lamentou não apenas o atraso acima do prazo regimental para seu pedido, mas o conteúdo evasivo e a falta de agilidade na inscrição do município entre as 11 comunidades que estavam interessados em sediar o presídio. Além de Caxias ganhar uma casa prisional de alta segurança sem investir um tostão e que geraria 400 empregos diretos. O vereador petebista sustenta que embora o município tenha informado não existir área de 25 hectares para abrigar a iniciativa, a alternativa seria a utilização de área contígua ao presídio do Apanhador, destinada ao Aterro Sanitário. Mais que isso, Caxias atenderia as demandas decisivas de logística, como acesso a aeroporto e rodovia, justamente os fatores que determinaram a escolha por Charqueadas por parte do governo do RS para receber o presídio.

Em aparte o vereador Renato Oliveira/PCdoB disse que embora o assunto esteja vencido pela decisão do Governo do Estado, vale destacar que o aludido empreendimento não beneficiaria apenas Caxias, mas toda a Serra Gaúcha. O vereador Paulo Périco/PMDB criticou o atraso na resposta do Executivo e ironizou a perda para a economia, pois Caxias do Sul poderia faturar mais no comércio, nos restaurantes e hotéis caso o novo presídio de segurança máxima viesse a hospedar visitantes ilustres de Brasília, com voos frequentes dos jatinhos da Polícia Federal. O vereador Édio Eloi Frizzo/PSB discordou do ponto de vista de Cassina, pois entende que o aspecto mais urgente do sistema prisional em Caxias é a superlotação da PICS (Penitenciária Industrial) localizada em perímetro urbano e com grande risco para a sociedade. É contra trazer presídio de segurança máxima para cá porque a comunidade passaria a correr riscos ainda maiores com a chegada de presos de alta periculosidade e, com eles, as facções criminosas com as quais não teríamos como controlar. Entende que é preciso desativar a PICS onde se encontra e que o Estado construa um novo presídio nesta área próxima ao Apanhador.