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Corte de verba municipal da Festa da Uva repercute em sessão

Parlamentas criticaram decisão do prefeito e defenderam evento


A confirmação de que a Prefeitura de Caxias do Sul não patrocinará a Festa Nacional da Uva de 2018 teve grande repercussão na sessão de quinta-feira (09/02) da Câmara Municipal. Parlamentares criticaram a decisão do prefeito Daniel Guerra/PRB e destacaram a importância do evento em vários aspectos, como no comércio, na comunidade, nos serviços, na geração de trabalho e no cenário nacional.

O vereador Adiló Didomenico/PTB destacou que teve a oportunidade de participar das últimas seis edições da Festa como diretor de Infraestrutura. Reconheceu que todos os prefeitos de Caxias do Sul “fizeram sua parte”, destacando o que chamou de “upgrade durante os Governos Sartori e Alceu”, com investimentos na rede de esgoto nos estacionamentos e pórticos, e a resolução de problema histórico: a climatização do Pavilhão 2.

Em aparte, Gustavo Toigo/PDT destacou o trabalho conjunto feito por autarquias, secretarias municipais e iniciativa privada. “Devemos rechaçar e repelir qualquer possibilidade de diminuir a Festa da Uva”, pontuou.

Manifestando-se na mesma linha, Elói Frizzo/PSB criticou a decisão do prefeito, no que chamou de “acinte aos pioneiros da Festa”, citando Joaquim Pedro Lisboa, o criador da primeira edição, em 1931. “A Festa da Uva é um símbolo da nossa cidade, dialoga com o nosso desenvolvimento, com a nossa diversidade enquanto pessoas. Investir na Festa é um investimento direto na cidade, com as pessoas que vêm para cá”, afirmou.

A possibilidade do evento beneficente Homens na Cozinha migrar para outro município da região foi tratada pelo vereador Prof. Périco/PMDB. O parlamentar recebeu a informação de que a Prefeitura pretende cobrar R$ 40 mil de aluguel para que o Parque de Eventos da Festa da Uva sedie a ação que, anualmente, arrecada fundos para diversas entidades assistenciais de Caxias do Sul. “Mais uma vez, o município perderá”, disse.

Os cortes na Festa também foram levados à tribuna pelo vereador Rodrigo Beltrão/PT. Ele sugeriu que o prefeito reveja o seu “posicionamento radical”. “Quando falamos de Festa da Uva, estamos falando do único gesto concreto do turismo de Caxias do Sul. Há uma janela aberta para investirmos neste segmento e não podemos fazer com que uma grande Festa, que injeta dinheiro na economia e atrai turistas, retroceda”, avaliou ele.

Renato Oliveira/PCdoB fez um apanhado das demandas apresentadas por ele à administração municipal.

“Como representante da Câmara, algumas vezes acompanhei a comissão em busca de recursos para a Festa. Fomos ao governo do Estado, nos ministérios em Brasília. E agora, de que jeito pediremos dinheiro fora, se não vamos dar uma moeda? A Festa não é só de Caxias, mas do Estado, do Brasil e  internacional.”

Em seu grande expediente, Ricardo Daneluz/PDT declarou:

“Se a prefeitura, que é a anfitriã e tem toda a responsabilidade, não vai patrocinar, como é que você vai chegara entidades privadas e pedir apoio, se a própria prefeitura está se esquivando da questão?”, afirmou o pedetista, ressaltando que a Festa da Uva contribui com todo o trade turístico da cidade, gerando R$ 200 milhões ao comércio.

 

10/02/2017 - 09:14
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul


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