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Cortes na Festa da Uva norteiam declarações de líderes

Parlamentares mostram preocupação com cortes anunciados pelo prefeito


A confirmação de que a Prefeitura de Caxias do Sul não patrocinará a 32ª Festa Nacional da Uva, que ocorrerá entre 22 de fevereiro e 11 de março de 2018, repercutiu diretamente nas declarações dos líderes de bancada durante o Grande Expediente da sessão desta quinta-feira (09/02). Na quarta (08/02), o prefeito Daniel Guerra/PRB confirmou que a Festa e outros eventos não contarão mais com recursos do município.

O vereador Adiló Didomenico/PTB destacou que teve a oportunidade de participar das últimas seis edições do evento como diretor de Infraestrutura. Ele reconheceu que todos os prefeitos de Caxias do Sul “fizeram sua parte”, destacando o que chamou de “upgrade durante os Governos Sartori e Alceu”, com investimentos na rede de esgoto nos estacionamentos e pórticos, e a resolução de problema histórico: a climatização do Pavilhão 2. Em aparte, Gustavo Toigo/PDT, destacou o trabalho conjunto feito por autarquias, secretarias municipais e iniciativa privada em prol do evento.  “Devemos rechaçar e repelir qualquer possibilidade de diminuir a Festa da Uva”, pontuou.

Manifestando-se na mesma linha, Elói Frizzo/PSB criticou a decisão do prefeito, no que chamou de “acinte aos pioneiros da Festa”, citando Joaquim Pedro Lisboa, o criador da primeira edição do evento, em 1931. “A Festa da Uva é um símbolo da nossa cidade, dialoga com o nosso desenvolvimento, com a nossa diversidade enquanto pessoas. Investir na Festa é um investimento direto na cidade, com as pessoas que vêm para cá”, afirmou.

Em seguida, Elói pautou a questão que envolve o Executivo e a Família Magnabosco, que pede indenização de R$ 304 milhões por ter tido sua propriedade de mais de 50 mil metros quadrados ocupada irregularmente em 1977, dando origem ao bairro 1° de Maio. O socialista entende que “qualquer proposta que o Executivo faça para pagar a indenização é uma proposta indecente e imoral”. Elói sugeriu que o prefeito acompanhe a ação movida pelo ex-prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT e que tramita em Brasília, já que, havendo ganho de causa na Capital Federal, o processo zera e o imbróglio é encerrado.

A possibilidade do evento beneficente Homens na Cozinha migrar para outro município da região foi pautada pelo vereador Prof. Périco/PMDB. O parlamentar recebeu a informação de que a Prefeitura pretende cobrar R$ 40 mil de aluguel para que o Parque de Eventos da Festa da Uva sedie a ação que, anualmente, arrecada fundos para diversas entidades assistenciais de Caxias do Sul. “Mais uma vez o município perderá”, disse.

Os cortes na Festa voltaram à tribuna na declaração de Rodrigo Beltrão/PT. Ele sugeriu que o prefeito reveja o seu “posicionamento radical” sobre a Festa. “Quando falamos de Festa da Uva, estamos falando do único gesto concreto do turismo de Caxias do Sul. Há uma janela aberta para investirmos neste segmento e não podemos fazer com que uma grande Festa, que injeta dinheiro na economia e atrai turistas, retroceda”, avaliou ele.

Último vereador a ocupar a tribuna no Grande Expediente, Renato Oliveira/PCdoB fez um apanhado das demandas apresentadas por ele à administração municipal. Agradeceu a visita do vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu/PRB, que recebeu documento do vereador solicitando a continuação das obras na Rua Caetano Mello Filho, no bairro Fátima, visando conter os alagamentos na região, e citou a repercussão negativa dos cortes no Carnaval, na Festa e no Rodeio Campo dos Bugres. O comunista também incluiu nessa lista o impasse com os funcionários das farmácias do Instituto Municipal de Previdência Social (IPAM) e com os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), que podem entrar em greve.

09/02/2017 - 13:25
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Clever Moreira - 8697
Redator(a): Matheus Teodoro

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